Meus Queridos! No meu recadinho da semana passada transmiti o que muita gente diz e pensa quanto ao arrastar a que temos assistido quanto ao projecto da nova cadeia de São Miguel. Falou-se vezes sem conta no concurso que se dizia ter sido impugnado por uma empresa e que havia subido ao Tribunal Administrativo e sempre se julgou que a impugnação estivesse a criar raízes no dito Tribunal… mas, depois do meu recadinho da semana passada fui confrontada com uma nota de imprensa distribuída pelo Deputado do PSD/Açores na Assembleia da República Paulo Moniz na qual revela a informação que lhe foi comunicada numa reunião com a secretária de Estado da Justiça.Segundo o deputado, a Secretária Maria José Barros disse que projecto para a construção do novo Estabelecimento Prisional de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, deverá estar aprovado no primeiro semestre de 2026 e a empreitada deverá arrancar em 2027. Fiquei menente com tal informação porque o projecto do novo Estabelecimento Prisional de São Miguel foi apresentado em Novembro de 2018, e o recurso que se seguiu foi sobre o projecto, e não sobre a empreitada de construção… Porém, parece que o Tribunal Central Administrativo do Sul determinou que fosse lançado um novo concurso, mas pelos vistos fomos todos enganados durante 6 anos porque segundo a informação dada pela Secretária de Estado ao Deputado do PSD, afinal o projecto que estava feito em 2018, não teve pernas para andar… e agora irá ser lançado outro concurso que só estará concluído em 2026…. mas repare-se … antes ainda falta entregar um relatório para o concurso para que seja decidido a aquisição dos serviços de elaboração do projecto para a nova cadeia”. Ora, “após a entrega, em Novembro, do relatório final, vai iniciar-se o período de 30 dias relativo à fase de apresentação das propostas dos candidatos. Esta fase termina em Dezembro de 2024”, segundo os detalhes dados pela Secretária de Estado.Ainda de acordo com as informações prestadas pela Secretária de Estado da Justiça ao Deputado Paulo Moniz, “prevê-se que, no primeiro semestre de 2026, o projecto para a construção do novo Estabelecimento Prisional de São Miguel, orçado em 1,65 milhões de euros, esteja aprovado”.De acordo com o calendário definido pelo Governo da República, “tudo aponta para que a empreitada se inicie em 2027”. É sabido que o Estado não cumpre as suas obrigações para com os Açores, mas pior do que isso é a humilhação a que sujeita os Açoreanos. A construção do novo Estabelecimento Prisional de São Miguel foi inscrita em sucessivos Orçamentos do Estado durante os últimos oito anos, mas nunca avançou, o que parece um projecto com “osso de defunto”…. para não começar a “andar” depois de sucessivas promessas governamentais.“Afirmamos hoje, como também fizemos no passado, que as condições sub-humanas da cadeia de Ponta Delgada, um estabelecimento prisional dos mais antigos do país, afectam não só os reclusos como também os profissionais que lá trabalham, que muito têm feito com os recursos disponíveis para manter a ordem e estabilidade”.
Ricos! O Deputado Paulo Moniz do PSD/Açores voltou a defender que os reclusos daquela cadeia estão sujeitos a uma “dupla pena”, porque são “transferidos para estabelecimentos prisionais no continente, afastados das suas famílias, o que em nada abona para o sucesso da sua reintegração”… è uma interessante chamada de atenção, mas pelo histórico que se conhece não é suficiente para fazer anda a obra em causa, o que exige de todos os Deputados dos Açores na Assembleia da Republica, independentemente da sua cor partidária, uma “cruzada junto do governo que estiver a governar para que o projecto da cadeia de São Miguel tenha de imediato “pernas para andar”….. Se não houver um encurtamento dos prazos que estão estabelecidos para o projecto avançar e para a sua conclusão, vai ser preciso intentar um processo no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos contra Portugal… Para grandes males grandes remédios…Basta!
Meus Queridos! Fiquei menente com a discussão que se instalou entre o Chega e o Primeiro -Ministro a propósito de ofertas de lugares no governo a troco da aprovação do Orçamento de Estado para 2025…Ventura diz que Montenegro lhe ofereceu lugar no Governo em troca do “sim” ao Orçamento. Por outro lado, o Primeiro – ministro veio a publico dizer que nunca o Governo propôs um acordo ao Chega, e acrescenta que o que acaba de ser dito pelo Presidente desse partido é simplesmente MENTIRA. É grave mas não passa de Mentira e desespero. De seguida André Ventura, na entrevista que deu à CNN diz que”isto é falso, o primeiro-ministro negociou com o Chega, quis negociar com o Chega” e propôs “um acordo para este ano”, admitindo “que mais para a frente o Chega viesse a integrar o Governo”. O líder do Chega assegurou ainda que esta proposta lhe foi apresentada no encontro que os dois tiveram em 23 de Setembro… e depois acusou ainda Luís Montenegro de ter dito que o Chega não era um parceiro confiável, que ele nunca contou com o Chega e que o Chega foi arredado das negociações” e André Ventura, “isto é falso, o primeiro-ministro negociou com o Chega, quis negociar com o Chega” e propôs “um acordo para este ano”…. Meus queridos….vamos esperar pelo desenrolar dessa telenovela nos próximos tempos….
Meus Queridos! A minha prima Genoveva que reside na Madeira deu-me conta que o turismo continua a bater recordes na Madeira, o que certamente deixa os governantes muito satisfeitos, ao ponto de anunciarem que o verão de 2024 foi um dos melhores que haja memória para a Região… Mas Genoveva diz que não há bela sem senão,… pois na opinião da Associação Comercial e Industrial do Funchal é de que o crescimento turístico não serviu para ajudar a suprir
as “profundas dificuldades” que o comércio urbano está a passar . O presidente da associação Jorge Veiga França, descreve a realidade da economia regional como uma “economia dual”, onde continua a “expansão no sector ligado ao turismo”, enquanto as demais empresas vivem tempos de aflição devido ao decréscimo acelerado do poder de compra dos madeirenses. Juro que perante este cenário realista que se passa na denominada Pérola do Atlântico, fiquei “estarrecida” pensando no que daqui a dois ou três anos teremos aqui nos Açores se continuáramos a seguir o figurino que se passa na Madeira e que tem também criado problemas nas grandes cidades portuguesas. È certo que o turismo é um sector que dá impulso à economia, e com ganhos a quem apostou nos ALs…. mas como dizem os especialistas da matéria …não há sol que perdure”… e é preciso que os responsáveis não se deixem embevecer por uma “nuvem” que flutua causando danos depois que depois serão difíceis de recuperar… Meus queridos…costuma dizer-se que “Chuva de São João, tira vinho e não dá pão”…. Por isso muito cuidado com o encanto que é passadouro tal como se vê noutros sítios!
Meus Queridos! A minha amiga Guilhermina da Terceira foi convidada para um serão de amigas quando tinha acabado de regressar de São Miguel depois de ter participado numa excursão de um grupo de seniores da Terceira… Como Guilhermina não tinha possibilidade de ir participar no serão, ela depois telefonou-me muito indignada por causa de dois episódios que tinham originado muitos comentários críticos tinham aparecido nas redes sociais e segundo ela também na RTP-A… Como estava a leste disso tudo, pediu que ela me explicasse e foi quando ela me explicou que entre populares e aficionados taurinos terceirenses, estava a aparecer sentimentos contraditórios, por causa da anunciada revisão em curso, pela Secretaria Regional da Agricultura, sobre o Regulamento das Touradas à Corda… Enquanto isso, outros sectores provindos de vários partidos políticos, e de lobbies tauromáquicos e até de outros anti-touradas locais, iam ditando a sua sentença…. Mas, o que criou maior frisson quanto às noticias sobre a revisão do Regulamento das touradas à corda que está em preparação na Secretaria da Agricultura…foi no sector da restauração e do turismo, que gerou apreensão e desagrado, por ser entendida como prejudicial, a propaganda sustentada num recente repasto patrocinado pela chamada Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, com apoio do Governo Regional, no sentido, de promover e incentivar o aproveitamento na restauração e no consumo gastronómico em geral de “carne de touro” terceirense, que depois por sua vez pode ter impacto na promoção do Vinho Verdelho dos Biscoitos, ou de outra das velhas castas tradicionais como é o vinho de Cheiro…
Ricos mais tarde a minha amiga Guilhermina, voltou a telefonar-me porque ainda não tinha digerido todo esse “mistério” novo sobre as touradas à corda e a promoção da carne de touro, porque diz ela que já eram conhecidas inúmeras receitas e cardápios açorianos mais ou menos tradicionais… e alguns até exóticos, e autóctones, ou até importados de outras latitudes e culturas. Agora, “carne de touro” terceirense ou das “ilhas de baixo”, bem vermelha, regada a verdelho e servida nas mesas e apresentada em ementas da nossa restauração típica, ainda não tinha sido motivo de tanta criatividade culinária, virada sobretudo para o empreendedorismo turístico -empresarial, pecuário e pastoril, todos, por certo, potencialmente enriquecedores do comércio da restauração e da produção agro-pecuária e taurina terceirense, que talvez possam ajudar a reequilibrar os pratos de alguma rija desarmonia insular sempre amparada no que se diz de “desenvolvimento desigual” das nove parcelas autonómicas da nossa Região… Depois de Guilhermina me ter contado isso tudo, fiquei com a noção de que cada um puxa a brasa à sua sardinha, e estão todos em pulgas para verem como será o novo regulamento das touradas à corda,… e se a carne de touro da Terceira será tenra e saborosa quanto baste, para ser bem degustada em mais um prato para turista ver e comer…. E enriquecer o cardápio dos bons restaurantes da Ilha de Jesus….