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Formação e contratação especializada são prioridades para a área dos cuidados paliativos nos Açores

Decorreu , esta quarta-feira, o “PaliAtivamente – 1º Encontro entre Utentes e Profissionais de Saúde de Cuidados Paliativos da Ilha de São Miguel”, no âmbito das comemorações do mês dos Cuidados Paliativos. Para Mónica Seidi, no âmbito do reforço de profissionais de saúde na área dos cuidados paliativos, “Não é só ser-se médico, não é só ser-se enfermeiro, é preciso formação diferenciada e específica nesta área, desde já um mestrado e experiência clínica em unidades”.

Decorreu ontem no Pavilhão do Mar o “ PaliAtivamente – 1º Encontro entre Utentes e Profissionais de Saúde de Cuidados Paliativos da Ilha de São Miguel”, no âmbito das comemorações do mês dos Cuidados Paliativos. A iniciativa, promovida pelas equipas de Cuidados Paliativos do Hospital Divino Espírito Santo e da Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos da Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel, teve como objectivo a divulgação dos princípios dos cuidados paliativos e a promoção de convívio entre utentes e profissionais. Decorreram actividades como a inauguração do mural “Antes de morrer …” e a secção “Tu importas!” que compreendia variadas bancadas relacionadas com a nutrição, beleza, relaxamento, arteterapia, musicoterapia e mindfulness.

A Secretária Regional da Saúde, Mónica Seidi, explicou, na altura, que iniciativas como a “PaliAtivamente” são espelho da sensibilização mais recorrente acerca dos cuidados paliativos, dando conhecimento e desmistifacando o tabu aos utentes em situação de sofrimento, e mesmo de fase final de vida, que “existem profissionais de saúde direccionados a ajudar e aliviar esse sofrimento”.
Na sessão de abertura, a enfermeira Sandra Silva, Presidente do Conselho de Administração da USISM, apontou o esforço dos médicos que abdicam da carreira de medicinal geral e familiar pelos cuidados paliativos. “Tem implicações para as suas vidas profissionais, porque não têm progressão na carreira. Mas o amor pelos cuidados paliativos, o amor pelos utentes e suas famílias que por aqui passam…estes profissionais acreditam no que fazem e decidiram integrar nesta equipa 35 horas por semana” refere Sandra Silva.

Incêndio no HDES
Para Maria Rosário Vidal, médica responsável pela Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital Divino Espírito Santo, os cuidados paliativos vivem um cenário de estabilidade depois de “uma experiência traumática”. A médica responsável conta que, durante o incêndio, houve uma colaboração rápida da equipa e de voluntários de outros serviços na transferência dos doentes do quinto piso para o piso de saída, doentes esses em situações de muita fragilidade como doentes acamados, sendo que um deles dependente de uma máquina para respirar”. O acolhimento seguinte foi feito por parte da Casa de Saúde da Nossa Senhora da Saúde.
“Dentro do que foi um grande susto, actualmente temos as contingências que estão inerentes a todos os doentes que estão internados naquela área, mas a nossa área, o nosso espaço físico, não foi afectado. Os nossos doentes e os profissionais de saúde retomaram às suas instalações habituais “- afirma Maria Rosário Vidal

Necessidade de reforço
de médicos especializados na área
Nos cuidados paliativos do HDES, são acompanhados de momento cerca de 200 doentes e as suas famílias. Existem à volta de 40 profissionais, contudo a tempo inteiro estão três médicos, e os respetivos enfermeiros e assistentes operacionais, segundo a médica responsável pelos cuidados paliativos.
“A nível de recursos humanos, é sempre uma ameaça no caso dos médicos, são muito requisitados para outras especialidades, portanto aquilo que nos preocupa e que temos de estar mais atentos são os recursos humanos, para que os nossos que já estão em curso continuem e que possamos ter mais médicos a tempo inteiro.” – declara Mária Rosário Vidal
Mónica Seidi aborda a contratação de médicos especializados, citando que “sempre que há alguém disponível para ser contratado para a Região, nós fazemos esse esforço de garantir essa contratação”.
Contudo, a Secretária Regional reforça que não é somente à base de contratação, mas sim de uma contratação especializada. “Não é só ser-se médico, não é só ser-se enfermeiro, é preciso formação diferenciada e específica nesta área, desde já um mestrado e experiência clínica em unidades”.
A Secretária Regional da Saúde acresccenta que o Hospital da Horta irá receber uma nova médica oncologista, com formação específica na área de tratamentos paliativos, e que o Governo estará aberto a contratações, pois é essencial ter uma “unidade robusta tendo em conta que o Hospital Divino Espírito Santo presta serviços às outras ilhas dos Açores”.

Cuidados paliativos
nas restantes ilhas
Mónica Seidi refere que o compromisso do Governo para as ilhas sem hospital é garantir formação em cuidados paliativos, estando essa formação no plano da Direcção Regional da Saúde. No ano passado já ocorreu um curso direccionado aos cuidados básicos na ilha de Santa Maria e para a próxima semana o mesmo acontecerá na ilha das Flores.
A Secretária aponta que os utentes não devem ver a sua acessibilidade dificultada perante a ausência de hospital e de respetivos cuidados, afirmando que existe uma articulação de excelência entre a unidade de cuidados paliativos e equipas comunitárias na ilha de São Miguel, sendo um do seus compromissos “desenvolver ou replicar o modelo que funciona, não só nas ilhas com hospital, que ainda não estão neste nível, mas também as ilhas em que não há hospital”.

José Henriques Andrade

Burla de médico na ilha do Pico
na Inspecção Regional de Saúde

Colocada pelos jornalistas perante a questão de um caso da burla a utentes do Centro de Saúde das Lajes do Pico por parte de um médico, a Secretária da Saúde, Mónica Seidi, afirmou que o processo está a ser tratado pela Direcção Regional da Saúde junto da Inspecção Regional da Saúde, “tomando todas as diligências e actuando nas consequências possíveis, caso seja comprovado”.
A governante acrescentou que médico “não tem uma relação laboral”, sendo contratado através de uma empresa.

Adquiridas 24.355 vacinas contra
o vírus sincicial
respiratório
em bebés
dos Açores

Arranca no dia 21 de Outubro, nos Açores, a vacinação de bebés contra vírus sincicial respiratório, garante a Secretária Regional da Saúde. “É um vírus que está cientificamente provado que está associado a casos de bronquiolites” – afirma Mónica Seidi.
Foram adquiridas 24355 vacinas, que serão administradas em bebés nascidos entre 1 de Agosto de 2024 e 31 de Março de 2025. Para a Secretária da Saúde, Mónica Seidi, a vacinação “vai ter um impacto positivo nas questões das infeções respiratórias no Inverno que está a chegar.”

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