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Ponta Delgada é a cidade portuguesa onde mais cresceu a taxa de esforço para arrendar casa e é a sexta cidade com maior taxa de esforço para comprar casa

A taxa de esforço para arrendar casa em Ponta Delgada disparou 18 pontos percentuais num ano, representando um aumento significativo das rendas de casa na maior cidade dos Açores, segundo o Idealista.
Das 20 cidades analisadas, foi em Ponta Delgada onde a taxa de esforço para arrendar uma casa mais aumentou no último ano, passando de 52% no terceiro trimestre de 2023 para 70% no mesmo período de 2024, aumentando os 18 pontos percentuais.
Ponta Delgada, com 70%, está também entre as cinco cidades portuguesas que requer o maior esforço por parte das famílias para arrendar uma casa.
Em contrapartida, a taxa de esforço para comprar casa em Ponta Delgada diminuiu 0,1% no último ano.
Apesar disto, a taxa de esforço para comprar casa em Ponta Delgada é de 63%, sendo mesmo a sexta cidade portuguesa com maior taxa de esforço.

Aumentos da taxa de esforço
A percentagem do rendimento familiar necessária para enfrentar a compra ou o arrendamento de uma habitação aumentou no último ano na maior parte das capitais de distrito portuguesas, e das Regiões Autónomas, de acordo com a análise realizada pelo ‘Idealista’ que verificou as taxas de esforço do terceiro trimestre de 2023 e 2024 para comprar e arrendar.
O esforço exigido para arrendar uma casa em Portugal aumentou 3 pontos percentuais passando de 81% no terceiro trimestre de 2023 a 84% no terceiro trimestre de 2024. Já na compra de casa, a taxa de esforço nacional aumentou 1 ponto percentual passando de 68% para 69% em Setembro deste ano.

Taxa de esforço no arrendamento
Entre os maiores aumentos das taxas de esforço para arrendar a casa no último ano está ainda Bragança (10 pontos percentuais), Faro (7 p.p.), Lisboa (4 p.p.), Santarém (4 p.p.) e Coimbra (4 p.p.). Seguem-se Portalegre (3 p.p.), Viana do Castelo (3 p.p.), Leiria (2 p.p.), Setúbal (2 p.p.), Guarda (1 p.p.) e Vila Real (1 p.p.).
Lisboa é a cidade que requer o maior esforço por parte das famílias para arrendar uma casa, sendo necessário destinar 91% dos seus rendimentos. Segue-se o Funchal (89%), Faro (75%), Porto (74%), Ponta Delgada (70%), Setúbal (61%), Viana do Castelo (55%), Braga (55%), Évora (54%), Santarém (52%), Aveiro (51%), Leiria (50%), Coimbra (44%), Bragança (43%), Viseu (42%) e Beja (37%).
Já as cidades onde as rendas da casa pesam menos nos rendimentos familiares são Portalegre (28%), Castelo Branco (31%), Guarda (34%) e Vila Real (36%).

Taxa de esforço para comprar
A percentagem de rendimentos que as famílias devem destinar para comprar uma casa, aumentou em 10 capitais de distrito das 20 analisadas. Foi em Bragança onde a taxa de esforço mais aumentou, passando de 28% a 32%, originando um aumento de 4 pontos percentuais. Seguem-se os aumentos da taxa de esforço em Leiria (3 p.p.); Lisboa (3 p.p.), Portalegre (3 p.p.), Funchal (2 p.p.), Setúbal (2 p.p.), Castelo Branco (2 p.p.) e Guarda (2 p.p.). As cidades onde a taxa menos cresceu entre estes dois momentos foram Santarém (1 p.p.) e Viseu (1 p.p.).
Já em Aveiro, Beja e Braga a taxa de esforço não variou durante este período. Por outro lado, a taxa de esforço diminuiu em Faro (-9 p.p.), Viana do Castelo (-7 p.p.), Évora (-6 p.p.), Porto (-5 p.p.), Vila Real (-3 p.p.), Coimbra (-3 p.p.) e Ponta Delgada (-1 p.p.).
No terceiro trimestre do ano, a cidade com a maior taxa de esforço para comprar casa foi o Funchal (105%); seguida por Lisboa (101%), Faro (99%); Porto (74%); Aveiro (70%); Ponta Delgada (63%), Braga (58%), Viana do Castelo (56%), Leiria (54%), Setúbal (49%), Viseu (49%), Évora (45%), Coimbra (44%), Vila Real (38%) e Santarém (33%).
Por outro lado, verifica-se que há cinco capitais de distrito onde é possível comprar casa com uma taxa de esforço inferior à recomendada de 33% (em que a prestação da casa pesa menos de um terço do rendimento disponível da família): Bragança (32%), Beja (23%), Portalegre (21%), Castelo Branco (21%) e Guarda (19%).

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