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Alunos do Colégio do Castanheiro comunicaram com astronauta na Estação Espacial Internacional

As turmas do 7º1 e 7º2 do Colégio do Castanheiro estabeleceram ontem uma comunicação, via rádio, com o astronauta Don Petit. Esta comunicação vem no âmbito do programa ARISS School Contact e foi feito através de parceira com a associação ESERO- Portugal, associação responsável por promover projectos virados para a área espacial e astronomia.
Antes da comunicação, a expectativa dos alunos era enorme. “É uma sensação única que muitas pessoas não conseguem fazer isso. Vou perguntar o que acontece a um astronauta quando adoece”, referiu Raquel Almeida. Já Matilde Nascimento Cabral afirmou que é “uma oportunidade única de falarmos com pessoas que não estão no nosso planeta e que vivem uma realidade diferente da nossa. A maior parte das perguntas da turma serão sobre a vida no Espaço mas a minha será sobre qual é a temperatura no Espaço”. Inês Pereira perguntou “como é que é viver no Espaço e quais são as diferenças entre viver no Espaço e na Terra”. Gustavo Moura esta foi “uma oportunidade única e que será muito interessante falar com pessoas que não estão no nosso planeta”, opinião partilhada por Maria Inês Teves que afirmou “Vai ser uma experiência única, porque nem todos podem participar e que nos faz perceber como as coisas funcionam fora da Terra. Vou perguntar como é que bebem água no Espaço devido à gravidade”.

A importância que estes programas
têm para os alunos

Lúcio Teodoro, professor de Química e Física, explicou que este programa, o ARISS School Contact, é “um programa com muita importância não só para os nossos alunos, mas para todos em geral, uma vez que é uma oportunidade única que temos de comunicar directamente com os astronautas que estão no Espaço, na Estação Espacial Internacional. É uma oportunidade onde os alunos podem ir de encontro ao que está nos livros, às imagens que estão presentes nos manuais e vivenciar isto de uma forma mais real. Conseguem ver que os trabalhos, as pesquisas, as pessoas existem mesmo”.
“Nos dias de hoje com a comunicação e este tipo de projectos, os alunos podem aliar o que estudam com a realidade. Eles podem ver que a ciência é algo real, palpável e não apenas algo que existe nos livros para que possam decorar ou interiorizar”, prosseguiu o professor.
Questionado sobre se a curiosidade dos alunos ficou mais aguçada depois de saberem que este projecto se iria realizar, Lúcio não teve dúvidas, respondendo com um “sem dúvida. Eles, os alunos, já eram muito curiosos e faziam perguntas, agora perguntam, ainda mais, o porquê das coisas, quando elas ocorrem ou quando ocorreram. Estão a desenvolver uma curiosidade não só pela Ciência, neste caso especifico à Astronomia, mas também pelos factos históricos e da história em si: de quando ocorreram e o que pode acontecer no futuro.”
Antes da chamada para a Estação Espacial, o professor de Física e Química esperava que “tudo desse certo, uma vez que a nossa conexão será via rádio. É mais uma oportunidade para os alunos de verem um tipo de comunicação que não é assim tão comum nos nossos dias, com a internet e os smartphones. Eles vão ver equipamentos que eram usados antigamente para haver comunicação e que ainda são usados para uma comunicação mais científica. Também espero que a comunicação possa ser uma comunicação fluida e que eles tenham alegria de fazer isso, que não façam por fazer. Será uma experiência, espero eu, que possam levar para a vida uma vez que deve ser a uma única vez que eles, e eu também visto que me sinto um pouco como eles, de comunicarem com um astronauta”, disse.

Expectativas superadas
Para professor e alunos

“Foi uma experiência única porque não é todos os dias que conseguimos falar com astronautas e é estranho e, ao mesmo tempo, divertido, falar com pessoas que estão no espaço e que não vivem a mesma realidade que nós”, afirmou Maria Inês Teves. Para Raquel Almeida esta experiência “foi incrível, embora eu não percebesse muito bem o que ele disse.” Matilde Nascimento Cabral lamentou que “nem todos tenham podido fazer as suas perguntas”, mas considerou esta experiência como “única” e espera que “no futuro outras pessoas possam ter esta experiência”. Gustavo Moura, que não conseguiu fazer a sua pergunta, partilhou da opinião das suas colegas embora preferisse “ter mais tempo para falar com os astronautas e fazer mais perguntas”. Inês Pereira classificou a experiência como “boa, porque estamos a falar com pessoas que não estão no nosso planeta. Foi um pouco difícil porque ainda estamos a aprender a falar inglês”. Questionados sobre se gostariam de ir ao Espaço, a opinião dos alunos dividiu-se com Inês Pereira, Matilde Nascimento Cabral e Maria Inês Teves a mostrarem vontade mas Gustavo Moura e Raquel Almeida mostraram algum receio.
Para o professor Lúcio Teodoro esta foi uma experiência “ ímpar e única, porque correu tudo bem, como esperávamos. De 20 perguntas conseguimos sucesso com 18 perguntas. Então foi bem interessante, as perguntas dos miúdos também foram muito interessantes porque são curiosidades próprias que eles criaram durante a construção do projecto. Estava com medo de talvez não ter contacto do início. No início demoramos em conseguir o contacto, que foi a resposta com a ISS (estação internacional espacial), até que eles confirmaram a resposta e todos nós ficámos aliviados e tudo correu tudo bem Fiquei muito feliz e os miúdos também.
Questionado se este projecto valeu a pena depois de irem realizando outros projectos durante três anos, Lúcio Teodoro garantiu que “valeu a pena a espera e isso deu mais força ainda, aquela energia que nos faltava para dar continuidade a mais projectos. Ou seja, agora que esse deu certo vimos que é realmente é possível fazer esses projectos tão concorridos Então agora ninguém nos segura, vamos inscrever-nos e tentar abrir cada vez mais caminhos nessa área do Espaço. Cada vez irmos mais longe e ter sucesso em mais projectos.”
Sobre novos projectos que o Colégio do Castanheiro irá desenvolver, o professor de Física e Química afirmou que “temos uma equipa formada para o CANSAT Junior, formada por alunos dos oitavos e nono anos, e temos outras actividades que são feitas em parceria com a Esero – Portugal. Estes projectos ajudam imenso os alunos na sua aprendizagem, em todos os factores, e as parcerias são muito boas, neste sentido. Como professor de Física e Química, fico muito feliz porque o retorno que nós temos não é apenas reflectido na média e nos testes. Podemos ver esse retorno na alegria e no olhar dos alunos, pois a Ciência é feita através da curiosidade.” “Quando a pessoa, e neste caso os alunos, têm curiosidade sobre certo tema, a aprendizagem fica mais fácil, mais consolidada e fica para a vida”, finalizou Lúcio Teodoro
FF

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