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“Já nem sequer se pode votar nesta casa…”, repetiu três vezes o Presidente da Assembleia Legislativa Regional face à confusão gerada entre deputados

O Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Luís Garcia, desabafou ontem à tarde por três vezes que “já nem sequer já se pode votar neste casa” num momento em que a mesa contava e anunciava os votos de um dos artigos de um diploma que estava em debate.
“Os senhores deputados conseguiram ouvir a votação? É que eu estou aqui ao lado e não ouvi”, afirmou Luís Garcia no que foi entendido como uma crítica à postura dos deputadosnaquela confusão no plenário que termina hoje.

O turismo na linha da frente
O deputado do PSD/A, Ruben Cabral, realçou ontem, numa declaração política na Assembleia Legislativa Regional, que “o crescimento do Turismo na Região “desmente o catastrofismo do PS” no sector.
Esta declaração política levou o deputado do PS/A a questionar o governo sobre a redução da operação da raynair, o que levou a Secretária do Turismo, Berta Cabral a afirmar que “com raynair ou sem raynair, o turismo tem vindo a crescer nos Açores. A governante referiu-se ao abandono da Região da DELTA e da easyJet na altura dos governos socialistas.
Na declaração, o parlamentar social-democrata colocou os números em cima da mesa: “O número de hóspedes que, comparando o Verão IATA de 2023 e 2019, assinala um aumento de 19%. Comparando 2024 com 2019, há um aumento de 28% e, comparando o Inverno IATA 23/24 com 18/19, há um aumento de 35%”, constatou.
“Nas dormidas, comparando o Verão IATA de 2023 e 2019, assiste-se a um aumento de 23%. E comparando 2024 com 2019, há um aumento de 35%, e comparando o Inverno IATA 23/24 com 18/19, há um aumento de 39%”, prosseguiu o deputado do PSD/A. “Nunca o nosso destino teve tantas ligações e tantas companhias aéreas a voar para cá, em que em 2019 eram cinco, agora são 14,” disse.
Ruben Cabral apontou “um recorde absoluto de receitas geradas pelo sector que, em 2024, estão a ascender a cerca de mil milhões de euros”, com “um peso de 17% no PIB – Produto Interno Bruto – regional”, tal como o “VAB – Valor Acrescentado Bruto – que atinge quase 20%”.
Por sua vez, líder parlamentar do CHEGA Açores, José Pacheco, alertou, a propósito, que o turismo veio ajudar a alavancar a economia regional com a abertura de novos negócios, mas não pode ser encarado como o único contributo para a sustentabilidade económica da Região.
José Pacheco defendeu que a Região não pode voltar ao mesmo erro da monocultura, “como já fizemos com a lavoura…”

Barcos de pesca na Caloura
Por sua vez, a presidente do Grupo Parlamentar do PSD/A, João Bruto da Costa, condenou Quarta-feira o PS “de lançar uma campanha negra contra as áreas marinhas protegidas” e de “cinismo político”, no que toca à pesca apeada lúdica e da entrada de embarcações no Porto da Caloura”.
João Bruto da Costa interveio no debate de alteração do projecto de decreto legislativo que cria o Parque Natural da Ilha de São Miguel. De acordo com o deputado do PSD/Açores, o diploma em causa (da autoria do Chega) “cria uma excepção para a pesca lúdica apeada e a possibilidade de entrada e saída de embarcações no Porto da Caloura”, para defesa dos pescadores daquela zona.
O diploma do CHEGA “garante que os pescadores da Caloura vão poder voltar a ir para o mar, a partir daquele porto, garantindo que podem dar continuidade à sua actividade profissional sem serem abordados pelas autoridades marítimas, informando-os que estão em incumprimento”, afirmou a deputada Olivéria Santos.
O deputado José Pacheco entrou no debate para explicar que há três anos que o CHEGA tem vindo a “batalhar por esta excepção de entrada e saída de embarcações e pela pesca apeada lúdica”, já que esta foi uma reclamação dos pescadores daquele porto.

PS/A diz que governo “está refém do CHEGA”
A líder parlamentar DO PS/A, Andreia Cardoso, criticou a posição da coligação PSD/CDS-PP/PPM na Assembleia Legislativa Regional, “acusando-a de estar refém dos interesses do Chega.” Andreia Cardoso falava no âmbito da discussão dos diplomas que abre o porto da Caloura aos barcos de pesca e de reintrodução do pesticida glifosato nos espaços públicos dos Açores. “O PS votou contra levantar a interdição do glifosato em espaços públicos, como vota agora contra cedências em interesses muito particulares no Porto da Caloura”, sublinhou a deputada socialista. No entender de Andreia Cardoso, “não estamos a falar de uma proibição de entrada no Porto da Caloura, que sempre foi permitida. O que está em causa é a pesca apeada numa zona muito específica, onde a protecção ambiental é prioritária”, acrescentou ainda.

PS/A reclama combate às drogas
O deputado do PS/A, Russell Sousa, destacou ontem, a gravidade da problemática do consumo de substâncias psicoativas na Região, exigindo medidas concretas para combater as dependências nos Açores, cujos dados qualificou de “alarmantes”. Numa declaração política, Russell Sousa evidenciou que o consumo de drogas ilícitas nos Açores é entre duas a três vezes superior à média nacional e que 36% dos jovens açorianos relatam problemas associados ao consumo de álcool, enquanto 23% enfrentam dificuldades relacionadas ao consumo de drogas ilícitas.
“Estes números não são apenas estatísticos. São o reflexo de vidas interrompidas, de famílias desfeitas e de sonhos desfeitos. E é precisamente aqui que está o verdadeiro custo das dependências: no impacto humano e social que afecta o tecido das nossas comunidades”, enfatizou o socialista.
O deputado apelou à transparência na gestão da ‘Task Force’ criada para lidar com este problema, cujos resultados permanecem desconhecidos. “A luta contra as dependências não se faz com planos vazios ou promessas adiadas, mas com medidas concretas e avaliações rigorosas que nos permitam corrigir o rumo sempre que necessário”, sublinhou.

                                                                                 J.P.
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