Edit Template

“A nossa qualidade e a tendência do cliente garante o sucesso da pastelaria ‘Flora’, afirma João Silva

Sendo um dos pasteleiros da Pastelaria Flora há três anos, João Silva está familiarizado com o processo não só de criação mas de inovação dos bolos. Ao ‘Correio dos Açores’, explica o porquê dos famosos recheios, faz um balanço de 2024, e assume: “Tivemos dificuldades com o aumento de preço das matérias-primas e é muito difícil arranjar pessoas para trabalhar, especialmente se for para fazer o turno da noite”

Há quanto tempo que a Pastelaria Flora existe?
João Silva (pasteleiro na padaria/pastelaria Flora) – A Pastelaria Flora, com a direcção do Milton, já está há cinco anos em funcionamento. Eu faço parte da equipa de pasteleiros há três anos. Mas já existia com outras direcções, nomeadamente com a antiga patroa do meu actual patrão, existindo há mais de 10 anos.

Porque é que o Milton Oliveira decidiu comprar a Pastelaria Flora para si?
O Milton tem muito apreço pela antiga dona. Era uma senhora que era muito especial para ele, visto que foi uma pessoa que lhe acompanhou a maior parte de toda a infância e deu-lhe grande parte dos ensinamentos que ele tem hoje em dia.
O Milton também decidiu adquirir a pastelaria pelo gosto que tem pela pastelaria. Ele foi tirando formações na área e, depois, decidiu ficar com o negócio antigo da antiga patroa, porque tem um sentimento muito especial por ela.

A Pastelaria sempre teve este nome? Sabe se o nome tem algum significado?
Sei que o Milton decidiu manter o nome, que já vinha da antiga gerência. Se tem algum significado ou não, isso já não sei.

Porquê a localização da Pastelaria Flora? (Cabouco, na Lagoa)
O meu patrão é natural da Lagoa. Ele nasceu e foi criado na zona de Santa Cruz, aqui na Lagoa, e depois veio para o Cabouco. E nada melhor do que ter uma pastelaria na zona onde cresceu, na sua terra natal como se costuma dizer.

Porque é que a Pastelaria Flora se distingue das outras pastelarias?
Na minha opinião concreta, e gostava de salientar que é apenas a minha opinião, acho que nós, aqui na Flora, trabalhamos muito a qualidade em vez da quantidade. E isto é algo que vemos muito por aí em outras pastelarias. A maior parte das outras pastelarias trabalha muito a quantidade e a qualidade por vezes deixa a desejar.
Aqui trabalhamos pouca quantidade mas mais qualidade. É isso que, em minha opinião, nos distingue em relação às outras padarias e pastelarias. Contudo, são os clientes que podem ou não dizer se somos diferentes.

Porque razão a Pastelaria Flora decidiu inovar, nomeadamente em termos de recheios?
Em relação às novas tendências, tem a ver com o que o público procura. Os nossos clientes procuram muito essa parte do Kinder Bueno, Oreo, e outros chocolates de renome a nível internacional. E nós vamos mais para a tendência do cliente. Respeitamos sempre a tendência que o cliente quer, mesmo que não seja muito da nossa vontade.

Que balanço faz do ano 2024?
O ano passado foi difícil. E a minha opinião baseia-se no que vou vendo e no que pude ir falando com o Milton. Foi complicado, especialmente, em termos de subida do preço das matérias-primas. Tivemos algumas dificuldades por causa desse aumento, o que torna a gestão aqui da padaria um pouco mais complicada.
De resto, foi positivo, especialmente em relação às vendas. Houve muita procura por parte dos nossos clientes. Se tivesse de fazer um balanço geral, acho que foi um ano positivo para a Flora.

Normalmente na restauração, é difícil encontrar pessoas competentes para trabalhar na área. Há algo que também se sente na padaria/pastelaria?
É muito difícil, principalmente se forem pessoas para trabalhar à noite. A Padaria está sempre em produção, durante as 24 horas do dia, e torna-se cada vez mais difícil encontrar pessoas que estejam dispostas a fazer, também, o turno da noite. Muitas vezes, são as pessoas que fazem turnos de dia, que tentam juntar-se para completar o turno da noite. Isto acontece porque temos de assegurar a produção da padaria. Se não nos unirmos, a padaria não vai a lado nenhum.
Tencionam expandir-se?
Por enquanto, penso que não. Mas é um objectivo nosso. Não só expandir como também abrir outros balcões. Já tivemos planos, em que estávamos praticamente prontos para abrir mas aconteceram alguns contratempos com outros sócios que entraram no negócio mas depois desistiram. Temos de esperar para ver o que o futuro nos pode reservar.

Que mensagem gostaria de deixar?
Apenas gostava de deixar uma mensagem ao nível de trabalho. Gostaria que as pessoas tivessem mais compromisso em termos de trabalho. Hoje em dia vê-se pouco compromisso e isso é algo que, na minha opinião, tem de mudar.

Frederico Figueiredo
Edit Template
Notícias Recentes
Excedente comercial dispara na zona euro com acordo com os EUA a impulsionar exportações
Projecto nacional estuda relação e impactos dos espaços verdes e azuis na população
Mistério de 25 anos na doença de Crohn desvendado por IA
Universidade dos Açores marcou presença no 2º Encontro de Qualidade do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos
Obras no Campo de Santo António retomadas após suspensão por mau tempo
Notícia Anterior
Proxima Notícia
Copyright 2023 Correio dos Açores