A operação do navio graneleiro Karlino no porto de Ponta Delgada, ontem pelas 7h30, após nove dias à espera do rebocador ‘Ilha de S. Luís’ que veio do porto da Horta e que não chegou mais cedo devido ao mau estado do mar.
A operação de entrada e atracagem do navio decorreu com a máxima segurança com a envolvência dos três rebocadores, cujas tripulações, no momento de viragem do navio dentro da baía interior do porto, mostraram uma grande eficácia.
Foi evidente uma grande articulação entre os tripulantes dos três rebocadores na força que fizeram sobre o navio para que virasse e atracasse com grande normalidade, apesar do vento que se fazia sentir.
Logo que o Karlino atracou, iniciou-se, quase de imediato, a descarga da matéria-prima que tem a bordo para o fabrico de rações para animais.
Chegou-se a colocar a questão nas redes sociais de o navio entrar de proa e atracar sem ter necessidade de virar na baía interior. A contrariar esta opinião, o Comandante da Marinha Mercante, Lizuarte Machado, explicou que “navios desta tonelagem, nesta época do ano, se ocorrer alguma situação grave e o navio tiver de sair rapidamente assim, ou seja, atracado por estibordo/proa para a saída, é mais seguro para o navio e para a infra-estrutura portuária.”
O ‘Karlino’, com 23 mil toneladas de glúten, soja, entre outras matérias-primas para rações, só podia operar no porto de Ponta Delgada com três rebocadores e não apenas com os dois que estão ao serviço na infra-estrutura portuária, um deles com tecnologias muito recentes, o ‘Açor’ e o outro mais pequeno, o ‘Pero de Teive’.
O navio graneleiro tem como tonelagem bruta 25.278 toneladas brutas que, somando às 23 mil toneladas de carga, ultrapassa as 35 mil toneladas que, segundo o regulamento do porto de Ponta Delgada, inviabilizava a operação do navio com apenas dois rebocadores. As imagens demonstram o momento mais complicado da operação. O vento estava a soprar de quadrante Sul moderado, com rajadas.
A permanência do navio fundeado em zonas a Norte e a Sul de da ilha de São Miguel representou um custo de algumas centenas de milhares de euros que, em princípio, deverá ser suportado pelo importador. J.P.
