O deputado do PSD/Açores Joaquim Machado afirmou ontem que a Região “poupa 800 mil euros por ano desde 2020 em vencimentos de gestores públicos” com a extinção de empresas públicas regionais e redução do número de administradores.
O parlamentar social-democrata fez esta revelação durante um debate de urgência sobre o Sector Público Empresarial Regional (SPER), na Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta.
Segundo Joaquim Machado, “a extinção da Sociedade de Desenvolvimento Económico dos Açores (SDEA), da Azorina e SINAGA, bem como a redução de administradores na sociedade Teatro Micaelense e Ilhas de Valor “desonera significativamente os contribuintes açorianos, que em cada ano suportavam 800 mil euros de encargos com os vencimentos daqueles gestores públicos de empresas constituídas e mantidas, durante largos anos, pelos governos socialistas dos Açores”.
A título de exemplo, o deputado do PSD/A apontou “que os gestores daquelas empresas auferiam mensalmente salários e despesas de representação que ascendiam a mais de 5.400 euros, sem que fosse verdadeiramente necessária, significativa e estruturante ou imprescindível a actividade daquelas empresas, extintas pelo Governo de José Manuel Bolieiro”.
No caso concreto da SDEA, Joaquim Machado salientou que “todos os indicadores económicos estão em franco progresso há mais de 40 meses e que as exportações cresceram acima dos dois dígitos, dispensando a actividade daquela empresa, vocacionada, entre outros fins, para o fomento das exportações”.
Por sua vez, o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS/A, Carlos Silva, criticou hoje, no debate de urgência sobre o plano de privatização do sector público empresarial regional, na Horta, a falta de transparência do Governo Regional e a sua incapacidade de apresentar um plano estruturado para o futuro das empresas públicas, defendendo que “aumentar a subsidiação das empresas públicas para as privatizar é um mau negócio para a Região”.
Carlos Silva, sublinhou que o debate evidenciou o desconforto do Chega com a acção governativa, apontando a contradição deste partido, que “critica publicamente o Executivo, mas continua a negociar nos bastidores e a garantir a sua sustentação política.”
O deputado do Chega, Francisco Lima ,defendeu no debate que “a gestão privada é mais eficiente e permite melhores resultados”. O parlamentar acrescentou que quanto mais o Governo Regional adiar a decisão, em relação às empresas públicas, “mais dinheiro perde” e quem paga são todos os Açorianos”.
O Deputado da Iniciativa Liberal (IL) Nuno Barata, acusou, o Governo Regional de não privatizar a SATA por “interesses político-partidários”, porque quer “manter votos em algumas gateways”, facto que obrigará os açorianos a terem de assumir mais 600 milhões de euros de prejuízos acumulados pelas empresas do Grupo, em particular a Azores Airlines.