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Novo empreendimento turístico traz um jacuzzi dentro de ananás gigante a São Miguel

Um jacuzzi no interior de um ananás gigante e banheiras que simulam vulcões são as grandes apostas do Villa Dhälm, o novo empreendimento turístico da influencer Daniela Cunha e do empresário Márcio Freitas. Com inauguração prevista para o final deste Verão, o espaço inclui seis habitações de luxo, um ginásio e vista panorâmica sobre o Atlântico, na freguesia das Feteiras, ilha de São Miguel. Em entrevista, o casal revela todos os detalhes do seu primeiro empreendimento turístico e explica que pretende proporcionar uma experiência única, com foco na sustentabilidade e na valorização da cultura açoriana.

Correio dos Açores – Qual é a vossa ligação aos Açores? O que vos motivou a investir na ilha de São Miguel?
Márcio Freitas (empresário/ proprietário do Villa Dhälm) – Tenho uma forte ligação à ilha de Santa Maria, onde os meus pais vivem e onde cresci. Mais tarde, estudei em São Miguel. Os Açores sempre fizeram parte da minha vida e, quando casámos, passaram também a fazer parte da vida da Daniela. O nosso objectivo era criar um empreendimento turístico. Investimos em imobiliário, desde renovações à compra e venda, e decidimos agora focar-nos no turismo.

Como surgiu a ideia de criar o Villa Dhälm? O projecto faz referência ao ananás e ao vulcão. Como foi o processo de integrar estes elementos na vossa visão?
Queríamos criar algo autêntico e único, que reflectisse a nossa visão e estivesse em harmonia com a sustentabilidade e o meio ambiente. Daí surgiu a ideia de uma vila que valorizasse elementos característicos de São Miguel, como o ananás e os vulcões. Integrámos uma escultura de ananás e banheiras cujo formato exterior lembra um vulcão, onde os visitantes podem sentar-se em água iluminada por uma luz vermelha, simulando a experiência de estar dentro de um vulcão. Estas duas peças foram concebidas por nós e posteriormente desenvolvidas por um arquitecto.
Este projecto permitiu-nos transmitir um pouco da nossa vida e da nossa realidade nos Açores, incorporando na vila aquilo que conhecemos e valorizamos.

Porquê o nome e como descrevem o conceito?
O nome “Dhälm” resulta da combinação das iniciais dos nossos nomes, Daniela e Márcio, com a palavra “alma” no meio, simbolizando a nossa identidade e o nosso cunho pessoal neste projecto.
Vamos estar classificados como apartamentos turísticos de quatro estrelas e direccionamo-nos a um público de classe média-alta, oferecendo produtos e equipamentos de qualidade. Todas as casas estarão equipadas com banheiras com vista para o mar.
Pretendemos que seja um projecto sustentável e diferenciador, aproveitando materiais locais como a madeira dos Açores – a criptoméria – para revestir todas as casas, bem como reutilizando as águas pluviais para as instalações sanitárias. Sabemos que não é possível sermos 100% ecológicos, mas estamos empenhados em minimizar ao máximo o impacte ambiental e reduzir a nossa pegada ecológica.

Que outros tipos de comodidades vão oferecer aos hóspedes nas casas da Villa Dhälm?
As nossas casas têm todas cozinhas equipadas, permitindo aos hóspedes total autonomia e privacidade. Vamos também entregar todas as manhãs uma pequena cesta com o pequeno-almoço, para que possam desfrutar das refeições tranquilamente, sem necessidade de sair. Teremos diferentes tipologias: desde apartamentos com uma cama e sofá-cama, adequados para quem habitualmente precisaria de dois quartos num hotel, até um apartamento T2, que terá também uma cama extra e um sofá-cama.

Onde está localizada a vila e em que fase se encontra o projecto?
Vai estar localizada no início da freguesia das Feteiras, a cerca de 10 minutos do aeroporto, com vista de 180 graus sobre o mar. Neste momento, estamos na fase final do licenciamento. Já obtivemos pareceres positivos de todas as entidades obrigatórias, nomeadamente Turismo, Ambiente, Recursos Florestais e IROA. Neste momento, aguardamos apenas a aprovação final do licenciamento por parte da Câmara Municipal.

Como é que descrevem a experiência que querem dar aos vossos clientes?
O nosso objectivo é proporcionar uma experiência única, que vá além de simplesmente dormir num quarto. Queremos que os hóspedes desfrutem do conforto ao acordar com vista para o mar, sentindo a calma e a paz do local. Que possam aproveitar a ilha durante o dia, mas também desfrutar de um momento relaxante à noite. Dentro do Ananás temos uma vista panorâmica, onde as pessoas poderão aproveitar o pôr do sol com uma boa taça de champanhe, ou uma boa taça de vinho. E podem relaxar nas suas casas e aproveitar aquilo que de melhor nós temos nos Açores, que é a paz e a tranquilidade.

Qual o impacto que esperam que o Villa Dhälm tenha no turismo açoriano?
Nós somos criadores de conteúdo digital e já começámos a divulgar o projecto e temos notado um bom impacto. O nosso objectivo é que a escultura do Ananás não sirva apenas para os nossos hóspedes, mas para todos os turistas que nos queiram visitar. Como o ananás terá cerca de 5 ou 6 metros de altura, será certamente um ponto de interesse para quem quiser registar e partilhar a sua passagem pelos Açores.

Sendo este um espaço que valoriza a cultura e a natureza local, de que forma pretendem colaborar com a comunidade açoriana? Quantas pessoas pretendem empregar?
Ainda estamos numa fase muito inicial, mas prevemos empregar entre duas a quatro pessoas, privilegiando sempre os locais. Seja para a limpeza dos quartos, seja para a manutenção ou mesmo na construção, pretendemos contar com o máximo possível de pessoas da região.

Uma vez que têm negócios no continente, como pretendem assegurar a gestão da Villa Dhälm?
Vamos garantir sempre a gestão com equipas locais. Apesar de termos outros negócios e não podermos estar permanentemente em São Miguel, pretendemos estar presentes com mais frequência, quer para usufruir de uma das casas, quer para acompanhar os nossos clientes e assegurar que tudo corra da melhor forma possível para quem se hospeda no nosso empreendimento.

Quais foram os maiores desafios até agora para levar este projecto em frente, e que antevisão fazem para o futuro?
O maior desafio até agora tem sido a burocracia. É um processo muito lento e complicado. Começámos a trabalhar no projecto em Junho, comprámos em Setembro, e, entretanto, entrou em vigor o POC, que bloqueou toda esta zona costeira. Além disso, foi ainda necessário consultar várias entidades e ter em conta algumas leis específicas da Câmara de Ponta Delgada.

Quais têm sido as reacções das pessoas e que expectativas têm para este projecto?
Anunciámos o projecto primeiramente no Instagram e notámos logo muita receptividade. As pessoas acharam que era algo diferenciador, algo único, que ainda não existia. Recebemos muitos comentários positivos e várias pessoas perguntam-nos quando vamos abrir. Alguns até pedem para serem os primeiros a reservar. Ainda não estamos preparados para avançar com datas concretas, mas já temos uma lista grande de interessados em ter esta experiência no Ananás. Em breve vamos começar a anunciar também os interiores das casas e todo o restante conceito. Sentimos que existe um verdadeiro interesse por parte das pessoas.
Daniela Canha

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