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Presidente da Assembleia Legislativa defende novas oportunidades para a Diáspora nos Açores

Na sessão de abertura do 1.º Colóquio “Pensar a Diáspora”, o Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), Luís Garcia, considerou ontem, o Salão Nobre do Coliseu Micaelense, que o grande desafio no relacionamento com a Diáspora é dar a conhecer às novas gerações de açor-descendentes o que a Região oferece, defendendo que “devemos estimulá-los a investir e, quiçá, viver aqui”, apelando à criação de oportunidades para os jovens açorianos residentes e descendentes de emigrantes.
“Os Açores de hoje são, felizmente, muito diferentes daqueles que viram partir muitas das suas gentes. Hoje somos uma terra de oportunidades. Em muitos domínios somos “califórnias de abundância”, sublinhou o Presidente da Assembleia Legislativa, esta manhã, na abertura do colóquio “Pensar a Diáspora”, que teve lugar no Coliseu Micaelense, destacando áreas como a Agricultura, o Mar, o Turismo e o Espaço.
Defender uma maior representação da Diáspora no Parlamento açoriano foi outro ponto destacado pelo Presidente Luís Garcia, que reiterou a necessidade de revisão da Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa dos Açores. “Se o país lhes garante esse direito a nível nacional, não há razão para que se continue a fazer da distância física um entrave à participação na vida da sua Região ou da sua ilha”, afirmou, reforçando a importância de assegurar direitos de representatividade para os açorianos que vivem além-fronteiras.
Destacando a importância da “união de esforços”, o Presidente Luís Garcia aproveitou a ocasião para apelar à colaboração de todos, mas em especial da Cônsul dos Estados Unidos nos Açores para enfrentar os desafios decorrentes de um possível aumento de emigrantes açorianos deportados dos EUA, para que, “com diálogo e diplomacia, contribua para ultrapassar este momento”.

Ponta Delgada prepara acordos de geminação
Já o Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral, anunciou, que a autarquia encontra-se a preparar novos acordos de geminação e de cidades irmãs com territórios da Diáspora Açoriana, comprovada que está a sua “mais-valia” para o desenvolvimento das partes subscritoras em áreas de interesse comum.
“Estamos a preparar novos acordos de geminação ou de cidades irmãs. Presentemente, estamos a trabalhar com Fresno e também com a cidade de New Bedford. Mas queremos ainda mais, porque temos a a crença inabalável de que estes acordos são uma mais-valia para fortalecer incentivos ao intercâmbio de boas-práticas e de experiências culturais, mas, também, sociais e económicas, bem como de outras áreas de desenvolvimento que sempre beneficiam os seus subscritores.
Pedro Nascimento Cabral destacou a pertinência do evento, defendendo que “a diáspora que nos une, como povo açoriano”, deve ser continuamente valorizada através de iniciativas que promovam a reflexão das dinâmicas de interesse mútuo.
“A Diáspora – de que nos orgulhamos – tem nos nossos emigrantes e nos seus descendentes a representação dos Açores a uma dimensão que supera múltiplas vezes a nossa dimensão arquipelágica. É um agente fundamental de divulgação da nossa cultura, de promoção de intercâmbio cultural, religioso, social, mas, também, e cada vez mais, de investimento”, acrescentou.
Pedro Nascimento Cabral realçou, por isso, que a autarquia está apostada em reforçar ligações com a comunidade radicada na América do Norte, mas também no Brasil e noutros continentes, dando mostra de uma Ponta Delgada que soube mudar para melhor, nos últimos anos.
“Para nós, é importante, também, renovar a imagem de uns Açores e de uma Ponta Delgada, que são muito diferentes da realidade conhecida nos tempos das emigrações da segunda metade do século XX. Diferentes para melhor”, vincou.
A terminar, Pedro Nascimento Cabral partilhou a convicção de que o facto de Ponta Delgada ser a Capital Portuguesa da Cultura em 2026, será uma excelente forma de divulgação e promoção dos Açores, até mesmo “junto daqueles da nossa diáspora que menos conhecem a sua origem”.

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