O líder do PS-Açores, Francisco César manifestou a sua apreensão face à elevada prevalência do consumo de substâncias psico-activas na Região, anunciando que socialistas vão solicitar uma reunião com a Task Force, criada recentemente pelo Governo Regional para combater as Novas Substâncias Psicoativas, no sentido de “podermos dar o nosso contributo”.
De acordo com o Presidente do PS/Açores, que falava à margem de uma reunião com o Coordenador do Departamento de Investigação Criminal dos Açores da Polícia Judiciária, defendeu que “esta Task Force deve ter uma maior interação, primeiro com a sociedade civil”, afirmou Francisco César, para defender, ainda, um maior diálogo com os partidos políticos”.
Para além disso disse entender também, que “devem ser mais pro-activos na colaboração com as instituições que estão no terreno e, também, na ligação que tem o Governo Regional com o Governo da República em medidas que possam ser tomadas, porque não basta apenas mandar uma carta para o Presidente da Assembleia da República a pedir a proibição de uma determinada substância”.
Referiu ainda que os dados do SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências – demonstram ser nos Açores onde há “a maior prevalência de consumo de todas as substâncias relacionadas com a droga, com exceção da cannabis”.
Por outro lado, sublinhou que “a criminalidade e o consumo de substâncias não podem ser tratados apenas como uma questão de policiamento, o líder socialista defendeu uma abordagem integrada que passe pelo reforço da prevenção, do apoio à recuperação e da reinserção social, por considerar que “a resposta atual é insuficiente e está longe de corresponder às necessidades dos Açorianos”.
O líder socialista relembrou, ainda, a proposta apresentada pelos deputados socialistas na Assembleia da República, durante a última legislatura, para que fosse realizado um estudo, em colaboração com o Governo Regional dos Açores, o Governo Regional da Madeira, e os Ministérios da Saúde, da Solidariedade, da Administração Interno e da Justiça, para que todos pudessem estudar o fenómeno dos Açores, anunciando que irão voltar a apresentar na próxima legislatura.
Na ocasião, Francisco César defendeu, ainda, a necessidade de se rever e adaptar o mecanismo de sinalização, lembrando, a esse propósito, que a atual Lei da Droga é actualizada através de directivas europeias, no sentido de se decidir e eleger quais as substâncias cujo consumo não deve ser permitido.
“O que acontece é que pequenos locais ou regiões têm outro tipo de substâncias que não são sinalizadas do ponto de vista europeu e esse mecanismo de sinalização deveria ser revisto e adaptado também a problemas regionais”, defendeu o Presidente do PS/Açores, Francisco César, citado na nota de imprensa.
