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Sinfonietta de Ponta Delgada vai juntar-se ao pianista Vasco Dantas e ao maestro Giancarlo de Lorenzo para um concerto dedicado a Mozart no Teatro Micaelense

A Sinfonietta de Ponta Delgada junta-se ao jovem pianista Vasco Dantas no próximo dia 3 de Maio, às 21h30, no Teatro Micaelense. Ao elenco musical junta-se o maestro italiano Giancarlo de Lorenzo. O programa é inteiramente dedicado a Mozart e à sua genial escrita para piano e para orquestra. O concerto nº 22 e a Sinfonia nº 38 serão as obras executadas. Esta é uma produção da Quadrivium – Associação Artística, com o apoio da Direcção Geral das Artes.
O conceito de “génio” associado a Mozart é uma das imagens mais poderosas e persistentes da história da música ocidental. Mozart é muitas vezes visto como o “génio nato”, o prodígio divinamente inspirado, aquele que compunha com a facilidade como se fosse respirar. Ainda que esta ideia possa não ser completamente verdade, na medida em que ninguém é somente inspiração, mas também imensa persistência, vamos, ainda assim, deixar-nos guiar por este lado sublime da sua linguagem musical. A sua capacidade de unir a complexidade e a leveza aliadas a uma empatia musical profundas, fazem da sua música um produto de equilíbrio perfeito e de uma beleza musical quase absoluta. Não há nada na sua música que o ouvinte sinta como esforço ou obrigação. Nenhuma nota está errada, nenhuma frase está desproporcional. Tudo existe para convergir numa obra musical simples e profunda.
Na música de Mozart encontramos as maiores pérolas da História da Música Ocidental. Na sua curta vida de 33 anos o compositor foi capaz de escrever em todos os géneros, para todas as cores e para todos os sentidos. Wolfgang Amadeus Mozart é uma ligação direta entre a voz do universo e o papel onde escreveu música. É arriscado, mas poderemos dizer que é, de facto, a universalidade na música. Se a música universal existe, é a de Mozart, e isso acontece porque não deixa ninguém indiferente.
O compositor escreveu o seu concerto nº 20 no mês de Dezembro de 1785. Vivia em Viena há cerca de quatro anos e a cidade transbordava música e sofisticação. Na sua estreia apresentou-se como artista, sendo ele o músico e o compositor, ou seja, era o responsável por organizar os seus concertos e tocar as suas obras.
O concerto para piano estava entre os géneros de composição mais afamados da época. Num estilo de três andamentos, a obra circula entre o Allegro, Andante e Allegro. É impossível negar o clima Giovanesco em que se apresenta o primeiro andamento. Majestoso e expansivo, com temas brilhantes e contrastes ricos entre piano e orquestra. É notável a forma como usa os instrumentos de madeira, com especial destaque para o clarinete. O segundo andamento é comovente. É impiedosamente comovente. Num desenrolar de temas e variações, o compositor transcende qualquer atmosfera, sendo uma música pura e cheia de expressão emocional. É o sonho contemplativo transformado em música. O final é um Allegro que nos traz de volta ao mundo real. Com o regresso vem também o brilho orquestral com passagens virtuosas no piano intercaladas com o mais puro lirismo alguma vez transformado em música.
É uma obra de música completa, em que nada fica por dizer ou sentir; a voz do piano em diálogo com a orquestra confere um dinamismo ao todo musical numa experiência sensorial absoluta.

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