O novo banco dos Açores apresentou um resultado líquido positivo de 6,7 milhões de euros no terceiro trimestre de 2025, superando as metas definidas para o período, apesar do impacto negativo do actual contexto de descida das taxas de juro.
De acordo com o relatório publicado, onde constam os dados relativos à actividade e resultados referentes ao 3º trimestre do presente ano, o produto bancário comercial atingiu 16 milhões de euros, menos 8,4% face a Setembro de 2024, reflectindo o efeito da descida das taxas.
A margem financeira passou de 2,8% em Setembro de 2024 para 2,4% em Setembro de 2025, o que se traduziu numa diminuição de 1,6 milhões de euros no resultado financeiro do banco.
O resultado do serviço a clientes ascendeu a 3,8 milhões de euros, um aumento de 3,5% em relação ao período homólogo, sustentado pelo crescimento da actividade e pela execução de iniciativas destinadas a reforçar as receitas. O rácio de eficiência (Cost to Income), incluindo resultados de mercados e outros resultados operacionais, situou-se em 46,6%, em linha com os objectivos orçamentais definidos. O retorno sobre o capital próprio (RoE) atingiu 15,9%, demonstrando a capacidade do banco para gerar capital num contexto de menor rentabilidade do sistema financeiro.
O resultado líquido acumulado até Setembro fixou-se em 6,705 milhões de euros, face a 8,468 milhões de euros no mesmo período de 2024. O produto bancário comercial totalizou 15,971 milhões de euros, contra 17,438 milhões no ano anterior, enquanto os custos operativos aumentaram para 7,717 milhões de euros, face a 5,303 milhões em Setembro de 2024. O número de clientes ascendeu a 33.801, ligeiramente acima dos 33.574 registados no período homólogo.
Os depósitos de clientes totalizaram 556 milhões de euros, representando um crescimento face aos 494 milhões registados no final de Setembro de 2024. O crédito a clientes sem imparidade atingiu os 380 milhões de euros, face a 376 milhões no ano anterior. O rácio de solvabilidade situou-se em 21,2% em Agosto de 2025, comparando com 17,9% em Agosto de 2024. Já o rácio de liquidez fixou-se em 233,3%, face a 254,7% no mesmo período do ano anterior.
