A deficiência de vitamina D é um problema de saúde generalizado, com quase 1 em cada 4 indivíduos nos Estados Unidos apresentando deficiência moderada a grave de vitamina D. Esta vitamina desempenha um papel essencial na saúde óssea e no metabolismo do cálcio. A deficiência deste importante nutriente também está associada a um risco maior de doenças cardiovasculares, cancro, diabetes e até mesmo depressão.
Os seres humanos podem sintetizar a sua própria vitamina D3 na pele e devem obter o restante através de fontes alimentares. Embora a suplementação possa ajudar a manter níveis suficientes de vitamina D, ainda é controverso se as suas duas formas, vitamina D2 (ergocalciferol) e vitamina D3 (colecalciferol), são igualmente eficazes.
Dados recentes sugerem que a vitamina D3 pode ser mais benéfica do que a vitamina D2 na redução da mortalidade relacionada ao cancro, no apoio à função imunológica e na redução dos sintomas depressivos.
Uma meta-análise publicada recentemente na revista Nutrition Reviews mostra que a suplementação com vitamina D2 pode afectar negativamente os níveis circulantes de vitamina D3 e anular os potenciais benefícios desta última.
A meta-análise resumiu dados de 11 ensaios clínicos randomizados e controlados e descobriu que indivíduos que receberam suplementos de vitamina D2 apresentaram um declínio maior nos níveis circulantes de vitamina D3 do que aqueles que não receberam nenhum suplemento.
Embora os suplementos de vitamina D2 e vitamina D3 possam ser usados para atingir níveis séricos normais de 25(OH)D, não está claro se uma forma é mais benéfica do que a outra.
Alguns estudos demonstraram que os suplementos de vitamina D3 são mais eficazes no aumento dos níveis de 25(OH)D, particularmente em indivíduos com deficiência de vitamina D. Além disso, um estudo relatou que a vitamina D3, mas não a vitamina D2, estimulou a expressão de interferões, que são proteínas imunitárias que fornecem protecção contra infecções bacterianas e virais.
Outro estudo descobriu uma associação entre a suplementação com vitamina D3, mas não com vitamina D2, e a redução do risco de mortalidade por cancro. Além disso, um estudo relatou que os níveis de vitamina D3 estão associados a um menor risco de sintomas depressivos, enquanto os níveis de vitamina D2 estão ligados a um risco elevado de sintomas depressivos.
A vitamina D desempenha um papel crucial no desenvolvimento e manutenção de ossos saudáveis, facilitando a absorção de cálcio e outros minerais pelo intestino. A deficiência de vitamina D pode, portanto, afectar negativamente o metabolismo do cálcio e a saúde óssea, resultando em raquitismo em crianças e osteoporose em adultos.
A vitamina D também pode modular a função das células imunitárias, e a deficiência desta vitamina está associada a um risco aumentado de infecções e doenças autoimunes. Além disso, estudos relataram uma associação entre baixos níveis de vitamina D e o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e cancro.
A deficiência de vitamina D pode ser causada pela ingestão insuficiente de vitamina D na alimentação ou pela exposição inadequada à luz solar. Por exemplo, a pigmentação mais escura da pele, o uso de protector solar e a diminuição da radiação UV durante os meses de Inverno podem predispor os indivíduos a níveis insuficientes de vitamina D.
Além disso, a deficiência de vitamina D também pode ser causada por condições de saúde ou medicamentos que interferem na síntese ou absorção da vitamina D. Idosos, indivíduos com obesidade e aqueles com doença renal ou hepática crónica correm um risco maior de deficiência de vitamina D.
Algumas pessoas podem tomar suplementos de vitamina D para atingir níveis saudáveis dessa vitamina e reduzir o risco de doenças crónicas associadas à sua deficiência.
No entanto, é importante observar que níveis elevados de vitamina D também podem ter efeitos adversos, e apenas indivíduos com baixos níveis dessa vitamina devem considerar o uso de suplementos.
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