24 de outubro de 2021

Opinião - Dos Ginetes

Paulo Pavão… O novo Presidente da Junta de Freguesia

No passado Domingo, dia 17, tomaram posse os novos elementos que constituem a Junta e Assembleia de Freguesia de Ginetes eleitos democraticamente por ocasião das últimas eleições Autárquicas realizadas a 26 de Setembro.
Verdade que é trabalhando em equipa e escutando atentamente a população, de modo especial a chamada maioria silenciosa que não dorme, não se exprime a alta voz, mas está atenta ao desempenho dos eleitos. Sabemos das constantes dificuldades que enfrentam as Juntas de Freguesia porque são Instituições mais perto das gentes e por tal conhecedora de realidades que infelizmente demasiadas vezes “passam ao lado” de governantes colocados num pedestal que os impede descer ao nível das nossas gentes.
Igualmente não é menos verdade que é o Presidente da Junta de Freguesia o rosto que todos querem presente ao seu lado nas mais variadas circunstâncias que fazem parte do dia a dia nestas terras pequenas que são a maioria das nossas freguesias dos Açores. Sempre foi assim e continuará a ser, caso contrário politicamente poderá o mesmo ter “vida curta” pois nunca esqueça que chegado o grande dia é o povo “quem mais ordena”,
O senhor que se segue, ainda muito jovem, mas bem conhecido entre nós pela sua participação em alguns movimentos que são parte da cultura dos Ginetes, é o Paulo Pavão, com 43 anos de idade, casado e pai de dois filhos com 10 e 14 anos. Nascido no seio de uma família muito simples que lhe transmitiu os valores que marcam precisamente a riqueza da simplicidade, é o que podemos classificar “um dos nossos” que terá a grande responsabilidade de bem representar e defender os verdadeiros interesses das populações de Ginetes e do Lugar de Várzea. Porque democraticamente escolhido a partir de agora é o Presidente da Junta de Freguesia de Ginetes, e de todos nós, com a responsabilidade de colocar de parte cores político-partidárias mas entregar-se “com garra” na defesa dos interesses das gentes da nossa terra. Funcionário dos Serviços Municipalizados da Câmara Municipal de Ponta Delgada creio que conhece bem as realidades desta terra pois desde jovem fez parte de várias Instituições tais como o Agrupamento de Escuteiros, Associação da Juventude, Filarmónica Minerva e Comissão para os Assuntos Económicos da Paróquia de Ginetes.
Um longo desafio o espera tal como aos outros elementos que fazem parte da sua equipa.
Aguardamos com ansiedade por soluções conscientes de que não serão concretizadas amanhã nem no próximo mês. Pessoalmente enquanto por aqui estiver, quando julgar necessário, farei sentir a minha opinião, com respeito pelos eleitos e sem me preocupar com cores partidárias que muitas vezes geram confusão e descontentamento no seio da população porque se sente atraiçoada.
Queremos uma Junta de Freguesia “unida”, trabalhando a uma só voz, mas capaz de se ouvirem uns aos outros, mesmo se por vezes poderão não partilhar a mesma opinião, o que é normal, mas que no final se entendam para bem da nossa terra, da nossa gente, e da imagem que todos queremos ver.
Verdade que existe uma oposição na Assembleia de Freguesia que igualmente reflecte uma parte do voto popular que merece ser escutada. Sei por experiência própria vivida no passado que nem sempre é fácil. A maldita doença da “partidarite” muitas vezes destrói o bom senso e o diálogo tão necessário, culminando com o jogo do “gato e do rato” o que não é benéfico para dignificar a importância que merece a Assembleia de Freguesia.
Vamos dar “tempo ao tempo”. Como acima referi não esperemos por mudanças radicais no imediato porque a prudência é grande conselheira no seio de qualquer Instituição. Muitas vezes é preferível não tomar determinadas decisões apenas por orgulho porque acabam por tudo destruir. Temos muitas coisas boas, mas igualmente outras que nunca deveriam ter “nascido”.
Pessoalmente desejo uma Junta de Freguesia sempre alerta na defesa dos interesses desta terra, pronta a auxiliar os mais vulneráveis que aqui vivem sem se transformar numa “santa casa da misericórdia”, o que gera muitas vezes conflitos irreparáveis que poderiam ser evitados porque na realidade às vezes acabam por sustentar maus vícios.
Espero que a nova Junta de Freguesia consiga manter quatro anos de boas relações com todas as Instituições. Que cada qual seja respeitada na sua autonomia porque nem todas possuem a mesma vocação. Caso contrário vão surgir os conflitos, as decepções e o abandono de muita gente talentosa da nossa terra que desapontada prefere recolher tranquilamente a suas casas. E é isto que não queremos porque só unida esta terra será melhor.
Que consigam honrar os compromissos que nos apresentaram.
Muita força para o Paulo Pavão, para a Ângela Aguiar e Ricardo Costa, respectivamente o Presidente, a Secretária e o Tesoureiro, sem esquecer os respectivos familiares que muitas vezes, mesmo se esquecidos, são de uma importância extraordinária pelo apoio e compreensão àqueles que decidiram trabalhar para o bem da nossa freguesia.

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Categorias: Opinião

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