Se por acaso
o desalento chegar
não deixes que a escuridão
invada os teus olhos
recorda-te
que os campos florescem
todos os dias
e
as cidades crescem dentro de ti
continua com o mesmo empenho
e
amor
a tua cidade merece-te.
Entretanto passaram 100 dias…
Procure, Caríssimo Presidente, Dr. Pedro Calado, encontrar, no silêncio do seu pensar, o eco da sua voz e que esse o faça refletir no empenho da sua parte, e da equipa que o acompanha, destes 100 dias de governação;100 dias que foram uma corrida titânica contra o tempo; 100 dias que se estruturaram as finanças e se desencalharam tantos problemas enrolados na burocracia estragulante; 100 dias para arrancar das gavetas os processos estagnados; 100 dias para readaptar dezenas de funcionários, valorizando-os nas suas funções; 100 dias a reencontrar-se com a cidade, olhando-a naquilo que mais urgente necessitava para torná-la mais atraente convidativa aos munícipes. Mais cómoda e ecuménica.
Governar uma Câmara, como a do Funchal, não é fácil, traz em si um historial de 500. Um longo percurso regido sob a égide de diferentes personalidades, com várias filosofias. Uma cidade que cresceu, algumas vezes, sem planos, foi-se povoando, de milhares de casas, desordenadamente.
Onde não havia água ela chegou e onde a escuridão assustava iluminaram-na. Dos becos e travessas fizeram-se ruas. É esta cidade histórica cosmopolita no seu andar, debruçada sobre o mar. É, esta cidade presidida agora, pelo Dr. Pedro Calado que acaba de concluir 100 dias de governação sob o seu comando. Ele tem procurado desburocratizá-la, sem ultrapassar as leis, para que tudo se resolva o mais rapidamente possível; para que os processos e os licenciamentos não sejam vítimas dos burocratas. Escolhido pelos funchalenses, ele e a sua competentíssima equipa, têm correspondido às expectativas.
Pedro Calado tem uma grande experiência de vida pública. Foi por duas vezes vice-presidente de Miguel Albuquerque. Primeiro na Câmara durante 8 anos – 2005-2013, depois no governo, onde deixou a sua marca de competência de engenharia financeira. Nas suas discussões com Lisboa fê-las com conhecimento profundo, dos assuntos, reivindicando o que nos pertencia, os nossos direitos, jamais se pôs de cócoras perante o poder central, onde existem ainda restícios de um certo espírito colonial.
Pedro Calado tem evidenciado uma intensa atividade de trabalho. Uma das suas vantagens é ter vindo da área empresarial privada, o que lhe deu um lastro de conhecimentos agora postos à prova. Ele sabe que sem investimento não há desenvolvimento.
A questão social é uma das áreas camarárias que o preocupa, por isso trouxe consigo uma pessoa com um currículo riquíssimo e um grande conhecimento dos problemas sociais, nas suas várias vertentes, dra. Augusta Aguiar, ex -Secretária da Inclusão Social do Governo. Outro nome conhecido nos meios técnicos é o do Eng.º João Rodrigues. Um outro elemento de reconhecido mérito dr. Bruno Pereira que foi muito jovem diretor do Turismo, passou depois para a Câmara. Mais tarde desempenhou as funções diretor dos Assuntos Europeus e Presidente do Instituto de Habitação. A professora dra. Margarida Pocinho é uma mais-valia no pelouro da educação e da ciência; dra. Cristina Pedra, ex. presidente da ACIF, é a Vice-Presidente, tem uma larga experiência empresarial, tem a seu cargo entre outros o apoio ao funcionamento, as questões económicas, finanças, etc… dra. Nádia Coelho açambarca as questões ambientais. Com esta pleida de colaboradores Pedro Calado, com a sua sensibilidade e experiência profissional percorrerá, certamente, os caminhos do sucesso. Nestes 100 dias de governação já mostrou que o sol vai resplandecer no seu mandato. Porque ama a sua cidade e, por conseguinte, compreende-a na multiplicidade dos seus problemas. Aos poucos está procurando resolvê-los. Uma questão que lhe merece especial atenção são os funcionários, os que constroem todos os dias a autarquia: motivá-los, dignificá-los é um dos propósitos da sua vereação.
Na passada segunda-feira quando fez 100 dias da sua governação o “Diário de Notícias” entrevistou-o. À pergunta se estava à espera que o presidente cessante ficasse na vereação depois da derrota nas eleições. Respondeu, inteligentemente. “Cada um toma as decisões que entender e isso é uma decisão do próprio dr. Miguel Gouveia. Ele estando cá ou estando outra pessoa, o nosso comportamento será sempre o mesmo. Eu não sou só o presidente da Câmara dos funchalenses que votaram “Funchal Sempre à Frente”, sou o presidente de todos!
Dr. Pedro Calado continue, com o seu poder decisivo, e essa forma de estar como responsável na governação, servindo a sua cidade e os funchalenses; continue com o seu humanismo, a olhar pelos problemas sociais. Continue porque a vida é, só e apenas, uma passagem sem datas, o que fizer pelos outros e pela cidade enriquecê-lo-á, pode ficar certo.
Continue a ver a cidade como um local de salutar convívio e animação, onde na cosmopoliticidade que a caracteriza, se construa um patamar de amizades que nos fortaleça; uma cidade diferente, que desagua neste oceano atlântico da saudade…