A azáfama antes das festas aumentava, à medida que o fim-de-semana se aproximava e Maria Dias foi ao Santuário da Esperança levar algumas flores que tinha em casa.
Há quem diga que as flores são também símbolos de esperança que se pode ter nestes dias de pandemia da Covid-19 e da Guerra na Ucrânia.
“Costumo dar sempre flores ao Santuário da Esperança, mas particularmente este ano. Nestes três últimos anos ficamos sem poder ter as festas, de qualquer maneira, não vou poder estar nas festas, porque tenho uma pessoa doente em casa e tenho de ficar com ela. Não venho à procissão, mas tenho flores lá em casa e decidi vir cá baixo ao Santuário entregá-las”.
Maria Dias, é natural de Torres Vedras, mas já vive em São Miguel há quase uma vintena de anos, considerando-se mesmo “açoriano adoptada”.
As flores, lindíssimas orquídeas, foram entregues na quinta-feira de manhã.
Não podendo acompanhar ao vivo as Festas do Senhora Santo Cristo vai, no entanto, acompanhar as festividades através da televisão.
A pandemia “inquietou e ainda se vive, não há como fugir, temos que nos proteger e fazer pelo melhor.
A esperança é a última a coisa a morrer, mas pior do que está também não pode ficar, porque foi pandemia e agora é a guerra”.
Marco Sousa