O número de pessoas internadas no Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada (HDES) atingiu o seu número recorde esta semana. São 70 camas ocupadas, mais 20 do que na última semana, e apenas estão disponíveis cinco das 75 reservadas para doentes com SARS-CoV-2, o vírus responsável pela doença Covid-19, distribuídos por 4 enfermarias. Os números foram divulgados pela Administração do hospital, mas do total, 43 entraram na unidade hospitalar para tratamento por infecção respiratória SARS-coV-2 e os restantes, apesar de terem Covid, entraram no internamento para tratamento de outras patologias, e por isso encontram-se internados em enfermaria Covid”.
Contudo, não é possível colocar os que estão a tratar outra doença que não a covid em outras enfermarias da especialidade porque senão isso podia potenciar a passagem do vírus a outras pessoas não-Covid. Os números divulgados pelo hospital não coincidem com os números divulgados pela Direcção Regional de Saúde, porque para a tutela só são considerados os que foram internados para tratar a Covid. Nos hospitais da Região não há nenhum doente Covid nos cuidados intensivos. Contudo, no caso de Ponta Delgada, a pressão é muita já que estes números obrigaram a uma reorganização no internamento hospitalar com mais camas e uma logística maior no que respeita à agenda dos médicos e enfermeiros. A Administração do hospital garante que a actividade da Consulta Externa e de Meios Complementares de Diagnostico e Tratamentos continua a funcionar em pleno, mas a actividade cirúrgica programada e adicional sofreu uma redução, em resultado das camas que foram alocadas para dar resposta ao crescente número de internamentos na área Covid.
No contexto de doença Covid, a Administração do HDES lamenta “o falecimento de uma utente, de 56 anos, que apresentava várias cormobilidades”, endereçando à família da vítima “as sentidas condolências”.
A Administração realça ainda que “as cirurgias urgentes, oncológicas e todas as outras com elevado nível de prioridade para os nossos doentes estão salvaguardadas e a sua realização não foi e nunca será comprometida.
O número de ocorrências à urgência (por todo o todo tipo de patologias, mas também por esta) tem também batido recordes, o que inexoravelmente contribui para constatarmos que o HDES está a viver um tempo excepcional, mesmo quando falamos nesta Pandemia”.
O Conselho de Administração também adianta que “está a acompanhar diariamente o evoluir da situação sendo que neste momento a capacidade de internamento é suficiente. No futuro serão tomadas as medidas necessárias e adequadas perante o número de internamentos que for surgindo”. Também ao nível do corpo clínico e de enfermagem e do corpo técnico há baixas devido à Covid. “A baixa por Covid é transversal a toda a sociedade e no hospital não é excepção, e existem algumas dezenas de profissionais nesta situação”, garante a administração do HDES.
No concernente às urgências, a Administração diz que “o número de ocorrências (por todo o todo tipo de patologias, mas também por Covid) tem também batido recordes, o que inexoravelmente contribui para constatarmos que o HDES está a viver um tempo excepcional, mesmo quando falamos nesta Pandemia”.
Decorrente do aumento do número de casos, a administração do HDES decidiu no passado dia 26 que ficavam suspensas as visitas, decisão que ainda se mantém, com excepções, mas desde que o visitante apresente teste de rastreio a SARS-Cov-2 negativo, realizado nas últimas 48 horas anteriores à entrada no serviço ou teste rápido de antigénio no momento da entrada.