Na sequência da informação disponibilizada pela Secretário Regional da Educação, Sofia Ribeiro, o Bloco de Esquerda, coordenado por António Lima, em comunicado, veio considerar que as 174 vagas anunciadas pelo Governo para a contratação de funcionários para as escolas são manifestamente insuficientes. Se, no presente ano lectivo, a existência de mais de 600 funcionários nas escolas ao abrigo de programas ocupacionais não impediu a existência de muitos problemas relacionados com falta de pessoal, a contratação de 174 trabalhadores não será suficiente para assegurar o regular funcionamento das escolas.
Se, por um lado, diz, “o Governo cumpre o ponto da resolução aprovada recentemente pelo Parlamento por proposta do Bloco de Esquerda que recomenda a prorrogação extraordinária dos programas ocupacionais nas escolas de modo a garantir o início do próximo ano lectivo dentro da normalidade por outro lado, o Governo não cumpre o ponto desta resolução que determinava a contratação, sem termo, urgente do pessoal não docente necessário ao regular funcionamento das unidades orgânicas do sistema educativo regional”.
O anúncio do Governo de que serão prorrogados 232 programas ocupacionais até ao fim de 2022 e que apenas vão ser contratos 174 funcionários para os quadros das escolas “significa que a partir de Janeiro do próximo ano as escolas terão muito menos funcionários do que tiveram durante o actual ano lectivo, e do que terão durante o primeiro período do próximo ano lectivo”. O Bloco de Esquerda, refere, “sempre foi contra o abuso dos programas ocupacionais, e considera que este Governo está a fazer uma péssima gestão desta situação, tendo decidido primeiro acabar com centenas de programas ocupacionais sem garantir previamente a necessária abertura de concursos garantir o regular funcionamento dos serviços públicos que têm vindo a funcionar com recurso abusivo a programas ocupacionais como forma de obter mão-de-obra barata”, como é referido na nota à imprensa.