Terminou ontem em Lisboa a II Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, a cimeira global para impelir os estados, as instituições e os cidadãos para adoptarem acções e medidas concretas que melhorem o estado de conservação dos oceanos e dos seus recursos e promovam o desenvolvimento sustentável da humanidade e do planeta.
O Okeanos, Instituto de Investigação em Ciências do Mar da Universidade dos Açores, participou de forma significativa neste evento de escala mundial. Gui Menezes, Telmo Morato, Ana Colaço, Pedro Afonso, Marina Carreiro Silva, Christopher Pham, Filipe Porteiro e Ricardo Serrão Santos divulgaram o trabalho que está a ser desenvolvido pelo OKEANOS para o conhecimento científico do mar dos Açores e do Atlântico e para o desenvolvimento sustentável das actividades humanas no mar, presentes e futuras, como sublinham na nota conjunta enviada à comunicação social, num balanço dos dias de cimeira.
Entre outras, estiveram em destaque temáticas relacionadas com os ecossistemas do Oceano Profundo, nomeadamente montes submarinos e campos hidrotermais, que tipificam a região.
O conhecimento produzido pelo Okeanos nestes domínios é relevante para a gestão eficiente de pescarias demersais de profundidade, para a compreensão dos impactos ecológicos de uma eventual exploração de minerais em Oceano Profundo, para a conservação de ecossistemas marinhos vulneráveis, estruturantes de serviços ecossistémicos que o Oceano Profundo proporciona, e até para a exploração de produtos bioativos com aplicação nas novas indústrias biotecnológicas.
Gui Menezes, Director do Instituto de Investigação em Ciências do Mar da Universidade dos Açores ressalva que “A Declaração intitulada “Our Oceans, Our Future, Our Responsability” renova a esperança para a resolução de muitos dos problemas que os oceanos enfrentam. Para o Okeanos é também mais um estímulo para continuarmos a contribuir com a ciência que fazemos para esse grande desafio e para um futuro melhor e mais sustentável.”.
O evento foi também uma oportunidade para o Okeanos intensificar contactos entre pares e consolidar e desenvolver parcerias científicas estratégicas a nível nacional e internacional, refere, citado.
De referir também a participação na Conferência dos Oceanos de diversos responsáveis e colaboradores do Observatório do Mar dos Açores OMA, que juntamente com outras organizações não governamentais congéneres, mostraram o seu trabalho e ação em prol do desenvolvimento sustentável, nomeadamente através da literacia dos oceanos.
O Okeanos desenvolve há mais de 40 anos investigação em ciências do mar e tem sido um parceiro incontornável dos diversos Governos dos Açores na gestão sustentável do Mar dos Açores e seus recursos, sublinha Gui Meneses na nota conjunta.