O 25º Congresso Regional do PSD Açores foi um momento marcante na vida político-partidária dos Açores, porquanto é a primeira reunião magna dos social-democratas, depois de 24 anos fora do poder e exercido pela família socialista. Por isso, mereceu um lugar de relevo por todo o contexto de ação política, onde se fez um balanço destes quase 2 anos de governação, mas olhando o futuro e deixando uma palavra de esperança para os Açorianos.
Este Congresso confirmou a maturidade e o conhecimento das realidades que o PSD acumulara na sua experiência política, como fundador da Autonomia Político-Administrativa dos Açores e são expressão da sua própria existência, cimentada nas convicções e na ação de muitas gerações e que agora está entregue ao rumo de José Manuel Bolieiro. Nele se consolidaram traços e valores que todo o desenvolvimento da atividade do Partido revela como basilares para o seu reforço e para o seu êxito.
Nas várias intervenções que se fizeram naquele Congresso, perpassou a ideia de que o PSD continua firme a um conjunto de princípios e valores, cuja consagração e respeito considera indispensáveis para a construção e consolidação de uma sociedade mais justa e mais livre. Esses princípios e valores, que traduzem simultaneamente a sua visão da liberdade humana, da sociedade, da atividade política, como partido personalista, que é o início e o fim da política destinada a olhar para pessoa humana, como património e personificação da razão de ser dos Partidos.
Foi importante perceber que um Partido que, sendo social-democrata, valoriza o liberalismo político e a livre iniciativa que caracteriza uma economia aberta de mercado, apostando na eficácia, na valorização do humanismo, bem como nos grandes princípios da justiça, da liberdade e da solidariedade social.
Neste Congresso, com tantas caras novas, fruto da sua revitalização, sobressaiu a ideia que este continua a ser um Partido dialogante, aberto à pluralidade de opiniões e à sociedade civil. Sendo um partido interclassista, vocacionado para representar as diversas categorias da nossa população e apostado na defesa da cooperação entre as classes sociais, como a via mais adequada para a obtenção do bem comum e reconhecimento do mérito e da capacidade de afirmação pessoal e social, aposta no facto de que cada vez mais se torna necessário para promover uma sociedade onde cresça o espaço para a realização das capacidades individuais.
Nesta reunião magna dos social-democratas dos Açores, no Pavilhão do Mar, José Manuel Bolieiro esteve igual a si próprio e contou com a presença do líder do PSD, Luís Montenegro, cuja candidatura a Presidente dos social-democratas portugueses ele apoiou desde a primeira hora.
No 25º Congresso do PSD/Açores, foi salientado pela voz do líder, o que foi importante lembrar, porque há coisas que se esquecem facilmente, que o atual Governo Regional dos Açores o que tem dito, tem feito, a começar pelo maior investimento de sempre no Serviço Regional de Saúde, de forma que este responda melhor às necessidades dos açorianos. O compromisso solene de baixar os impostos, como o IVA, IRS e IRC tem sido concretizado, para não falar também da redução substancial do preço das passagens aéreas inter-ilhas, promovendo a mobilidade dos açorianos e contribuindo para o fortalecimento do mercado interno. Neste congresso, a moção global de estratégia “Juntos Somos mais Fortes”, apresentada por Bolieiro, veio destacar, a revisão das leis eleitorais, contemplando a redução do número de deputados à Assembleia Legislativa , o aperfeiçoamentos à Lei das Finanças das Regiões Autónomas e a clarificação das competências regionais que têm suscitado dúvidas constitucionais, no sentido de a Constituição definir apenas o que é competência exclusiva da soberania, fazendo, assim, com que a autonomia seja competente em tudo o mais, numa referência implícita ao que acontece quanto ao domínio público marinho.
Este congresso foi um importante momento na elevação do nível da praxis política e partidária, contribuindo decisivamente para que os açorianos vejam no Partido Social Democrata e nos Partidos da Coligação, uma referência, cuja liderança importa reforçar para bem dos Açores.
António Pedro Costa