O armazém para depósito de algas, inaugurado no passado dia 3 de Agosto, é outro projecto da cooperativa AQUA, com sede em Rabo de Peixe.
Ruben Farias referiu ao nosso jornal que o armazém teve “um custo total na ordem dos 83.000 € (+IVA), em que foram co-financiados 75.000 € pelo MAR2020. Os capitais próprios deste projecto foram apoiados pela Câmara Municipal da Ribeira Grande.”
A implementação de um armazém no porto de pesca de Rabo de Peixe “constitui uma mais-valia, em três dimensões, nomeadamente a apanha de algas, as pescas com linhas e para o futuro da aquacultura nesta comunidade”, afirmou o Presidente da Direcção do Clube Naval de Rabo de Peixe.
Ruben Farias opina que, com a construção do armazém, “a cooperativa passou a contar com o apoio de um equipamento que permite garantir apoio logístico à apanha de algas, em especial ao armazenamento pós secagem - mercado que movimentou nos últimos anos, em termos médios, cerca de 50 toneladas em Rabo de Peixe, com preço médio de 2€, perfazendo um valor na ordem dos 100 mil euros por ano (num universo actual de cerca de 10 apanhadores).”
Este equipamento constitui-se, segundo o Presidente do Clube Naval da Vila de Rabo de Peixe, “como um apoio logístico crucial na promoção da aquacultura junto da comunidade, bem como servirá para armazenar consumíveis da pesca, permitindo que através do cooperativismo os armadores possam comprar, em escala, sedas e anzóis, baixando assim os custos à produção.”
Ruben Farias conta que o armazém que tem 160 m2, podendo, com a construção de um 1º piso, passar para cerca de 300 m2 “permitirá a instalação, a curto prazo, de equipamentos para produção de aquacultura in shore, quer de adultos, quer de alevins. Para o desenvolvimento deste projecto será necessária uma área de aproximadamente 30 m2.”
A localização do espaço no porto velho, “na zona tardoz do Clube Naval Rabo de Peixe, afigura-se como uma localização estratégica, uma vez que ficará instalado perto da zona de secagem de algas, próximo do mar (para recolher água salgada para a aquacultura) e com fácil acesso pelas viaturas dos armadores para realizarem cargas e descargas, bem como para aqueles que se deslocarem a pé”, referiu ainda o Presidente do Clube Naval daquela vila piscatória.
C.P. *