Decorreu no final deste semana a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Geoaçores – Associação Geoparque dos Açores, que contou com a presença do Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, no monumento natural e geossítio de relevância internacional do Algar do Carvão.
Constituída em 2010, a Geoaçores representa a estrutura de gestão do Geoparque Açores e tem como sócios fundadores os quatro grupos de acção local - ARDE, ASDEPR, ADELIAÇOR e GRATER – e o Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas (SRAAC).
Foram eleitos para a Assembleia Geral Carlos Morais, José Amaral e Fábio Matos em representação da ADELIAÇOR. O Presidente da Direcção é André Castro (Secretaria Regional de Ambiente e Alterações Climáticas). Integram ainda a Direcção Paula Sousa (GRATER), Salomé Meneses (SRAAC), Adalberto Couto (SRAAC) e Fátima Amorim (GRATER).
No Conselho Fiscal estão Andrea Guedes (ARDE), Maria Isabel Sousa (ARDE), e Márcia Campos (ASDEPR).
O Geoparque Açores foi alvo de um processo de revalidação por parte da UNESCO em Setembro de 2021, do qual resultou um ‘’cartão amarelo’’, o que significa que tem cerca de 2 anos para fazer cumprir as recomendações da UNESCO por forma a manter esta classificação. “Uma equipa operacional coesa e dedicada ao projeto, concedendo maior visibilidade do Geoparque em todo o território, é um compromisso efectivo da Região”.
Para o novo Presidente, André Castro, “a classificação dos Açores como Geoparque Mundial, coloca à disposição dos Açores um importante instrumento que permitirá a salvaguarda do nosso património natural e cultural”.
“Está, por isso, esta nova Direção, perante uma importante missão, de reverter o resultado obtido na anterior avaliação e assegurar que o Geoparque Açores continue a ser um Geoparque Mundial da UNESCO”, afirmou ainda.
De acordo com o Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Alonso Miguel, o Governo Regional dos Açores está empenhado nessa missão, e que o contexto e sensibilidade da actual situação “foram preponderantes para a decisão da Secretaria Regional em assumir a presidência da Associação Geoparque Açores”.
“Esperamos que, em conjunto com os grupos de acção local, possamos agora, com órgão sociais renovados para os próximos três anos, assegurar que o Geoparque Açores continua a ser um Geoparque Mundial da UNESCO”, referiu Alonso Miguel.
André Castro endereçou um especial agradecimento a todos os dirigentes que cessaram funções e felicitou os novos órgãos e dirigentes, afirmando que “este é um novo capítulo que se inicia para a Geoparque Açores”.
O geoparque é um território com património geológico de excelência, reconhecido internacionalmente e que assenta em três pilares importantes, a educação ambiental, a geoconservação e o desenvolvimento sustentável, estando em linha com as políticas do Governo Regional dos Açores.
O território do Geoparque Açores corresponde às nove ilhas e área marinha envolvente, materializando-se em cerca de 13 000 Km2 de área – 9 ILHAS – 1 GEOPARQUE. Assenta numa rede de 121 geossítios terrestres e marinhos que atestam a riqueza do nosso território, asseguram a representatividade das riquezas geológicas da Região e têm associadas estratégias de desenvolvimento e conservação adequadas a cada um. Os Açores detêm uma vasta riqueza, quer natural quer cultural, que é reconhecida pela UNESCO através das classificações Reserva da Biosfera, Património Mundial e Geoparque Mundial, estas classificações são poderosas ferramentas para o desenvolvimento económico sustentável da nossa região e, em conjunto valorizam e protegem o que é nosso.