Como nasceu o nome Açores para este projecto ‘SummerCemp 2022’?
Sofia de Sousa (Representante da Comissão Europeia em Portugal) - O Summer é uma iniciativa que decorre há cinco edições. Começamos em 2017. Temos vindo a fazer todos os anos, excepto o ano da pandemia, 2020, e procuramos fazer sempre em locais diferentes. E, desta vez, tivemos o interesse que foi expresso pelo governo regional assim como outros parceiros de outras regiões do país. Viemos cá, conversamos e, realmente, houve uma parceria fantástica do Governo, da Câmara da Ribeira Grande, da Junta de Freguesia de Rabo de Peixe, da Associação Agrícola de São Miguel e da Gorreana, de nos acolherem. E, na verdade, precisamos sempre de parcerias. O objectivo é falar da Europa na Europa e trazer a Europa a debate nas comunidades europeias, mas envolvendo as pessoas locais neste debate.
Qual a impressão com que estão a ficar dos Açores?
Muito boa. É impossível ficar com outra. Está toda a gente maravilhada pela hospitalidade, pela generosidade com que temos sido recebidos nas diferentes comunidades e com as pessoas com quem fomos interagindo. Não falando, obviamente, da beleza natural que entra pelos olhos dentro e que é bem visível. Mas, realmente, sentimos a simpatia das pessoas, falando de temas que nos interessam a todos, estando aqui em foco os Açores.
Quando estamos a falar da política energética europeia ou como da política económica europeia, focamos-nos muito mais sobre questões que afectam directamente os Açores Ao estarmos aqui, há um enriquecimento da Europa.
E a Sofia Sousa é a primeira vez que vem os Açores?
Não. Ainda não conheço todas as ilhas mas já estive várias vezes de férias nos Açores e também já tive oportunidade de estar em trabalho em Ponta Delgada. Portanto, não é a primeira vez nem será seguramente a última.
Conheço a realidade açoriana do que leio e da informação que tenho, e conheço de algumas visitas que fiz. Não conheço nenhum detalhe porque acho que isto só é possível estando mesmo aqui e vivenciando. Mas, em termos do geral, sim, conheço a realidade na zona periférica. No meu posto anterior estava colocada num país da Macaronésia onde, obviamente, a intensidade dos desafios é diferente, mas os desafios do transporte, da escala, da economia, da insularidade, são comuns. E a necessidade de desenvolvermos políticas, que sejam políticas inclusivas e que venham trazer as mesmas oportunidades às pessoas, obviamente, é uma necessidade comum.
Tenho alguma sensibilidade para a questão das RUP e das oportunidades que têm.
Nos Açores este verde que entra no azul é algo estonteante e maravilhoso.
Ao deixarem São Miguel, vão satisfeitos.
Não vou nada satisfeita porque o tempo passou rápido demais e gostava de ficar cá mais tempo. Mas, claramente, vamos muito contentes com o que conseguimos, da interacção que conseguimos com as autoridades, com as associações, com as pessoas, e até mesmo dos participantes que são açorianos. Saímos todos de coração cheio. Esta é, aliás, a impressão que toda a gente tem dito aqui: Que grande ideia foi ter vindo aos Açores. J.P.