23 de outubro de 2022

Recados com Amor...

Meus Queridos! Depois do vendaval que se abateu sobre o meu querido Presidente Marcelo devido ao seu habitual “comentário do dia” dedicado há pouco tempo atrás à quantidade de casos sobre abuso sexual por padres… que foram mandados para investigação… comentário que fez correr muita tinta e chamuscou a imagem presidencial… Mas como não há duas sem três, lá está agora o Presidente a comentar o crescente aumento do número de furtos de bens alimentares, coisa que já obrigou lojas a colocarem nas prateleiras alarmes contra o furto…. Mas o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa disse aos jornalistas de serviço … que não se trata de uma situação generalizada… Pior do que isto foi o cerco de todos os partidos da oposição, incluindo o PSD, quanto ao pedido feito pelo Presidente Marcelo à Assembleia da República… para que fosse revista a lei das incompatibilidades dos detentores de cargos políticos, com os partidos a entender que se tratou de “um manto” sobre os casos que estão na ordem do dia relativamente a ministros e outros dirigentes do PS… A minha prima Maria da Praia diz que vamos esperar pelo Dia de Todos os Santos, que está a chegar… para ver se eles dão uma luz ao Presidente para rever a trajectória em que tem nos últimos tempos navegado, isto para seu bem e para bem do País, que bem precisa!

Meus queridos! A minha prima Rosalina não perde a sua caminhada diária até à Pranchinha e delicia-se com o mar que nos banha e com o ambiente das Portas do Mar, que quer se queira, quer não, aproximam Ponta Delgada ao grandioso Atlântico. Mas quando ela chega à conhecida Piscina do Pesqueiro fica furiosa porque bloquearam a passagem entre as duas marinas, obrigando-a a calcorrear a avenida junto aos hotéis como se estivesse ainda com Covid! Rosalina já tanto barafustou, mas sem resultado… e ela até julga que ninguém manda ali naquela bela conquista ao mar, pois nem se vêem melhoramentos de qualidade naquele espaço, a não ser aquele inestético e desadequado “galinheiro” polidesportivo, quase sempre às moscas que até parece servir de baliza às Portas da Cidade! Isto fora os carrinhos, carrocéis e barraquinhas que enfeitam bem mal o local quando há tanto espaço em redor. Diz a minha prima que ali falta uma mão de ferro, determinada e ponderada, capaz de resolver todas estas falhas e encrencas, dando outra dignidade a todo aquele grande espaço!


Ricos! No passado dia 20 e também na Sexta-feira 21, aquilo é que foi uma corrida aos bancos e multibancos, por via dos 125 euros do Primeiro-Costa. Até, em alguns lugares, o sistema bancário não aguentou e foi-se abaixo para desespero de tantos que, sempre desdenhando e falando mal, não quiseram deixar de ser os primeiros a ver se o pilim tinha caído na sua respectiva conta. E o pior é que muitos não foram ao dito curso para aprender a gastar tanto pilim… A minha sobrinha-neta apenas confirmou que o dito cujo estava depositado, mas  lá o deixou porque já sabe que daqui a dez dias ou pouco mais vai ter de o devolver aos cofres do Estado… ajudando desse modo  a pagar a segunda prestação do IMI que é a dolorosa de Novembro. E, pensa ela que aqueles que gastam tudo o que recebem… nos cafés e nas tascas é que se estão regalando porque não têm de pagar impostos, nem luz e água, pois  sabem às portas onde batem para pedir e até por vezes exigir as costumadas ajudas. Hoje em dia não falta quem saiba viver…


Ricos: A minha prima Maria dos Flamengos ficou menente com o que lhe contaram acerca do que se passou no Congresso das Misericórdias dos Açores e Madeira, que se realizou no fim de semana passado na cidade da Horta, tendo sido a Ilha azul inundada com os participantes de um poderio de Santas Casas do continente, que quiseram vir, desta vez em grande número, dar uma voltinha até aos Açores. O amigo da minha prima Maria dos Flamengos, que é também irmão da Misericórdia faialense, que acaba de celebrar 500 anos da sua fundação, entende de que todos são bem-vindos, mas, o problema foi de que vieram do continente para mandar em casa alheia. Para ele, não foi bonita a subserviência das instituições regionais face aos mandantes que vieram de Portugal, por e disporem do Congresso. Maria dos Flamengos diz que um acolhimento amistoso faz parte da idiossincrasia açoriana, mas deixá-los de rédea solta é coisa que deveria ter sido evitado…. Pois tratava-se de juntar as Misericórdias no Congresso, mas a realização do mesmo era da responsabilidade da União das Misericórdias da Região… No caso, aplica-se a divisa do brasão dos Açores, aquando da Batalha da Salga e Ciprião Figueiredo, perante a força do adversário diz: “Antes morrer livres do que em paz sujeitos”, divisa que se tem de ter sempre presente pois, ela continua a ter plena actualidade.


Ricos! Li no jornal que tão generosamente me acolhe no seu seio, que a SATA no primeiro trimestre deste ano tinha dado mais de sete milhões de euros de lucro, o que para mim foi bom sinal, depois de tantos anos de prejuízos somados… que estão aí para se ir pagando se formos capazes disto. O que eu não entendo é o aproveitamento político que logo se faz em volta de uma coisa que deveria ser apenas de gestão empresarial. É que se dá prejuízo, lá estão os do costume a dizer que deve ser vendida, privatizada ou até liquidada. Se dá lucro, logo aparece quem sonhe com danças de cadeiras e até os trabalhadores mandam um comunicado a dizer que não mexam na Administração, coisa rara nos tempos que correm. Não percebo nada dessas políticas aéreas, mas sei que panela mexida por muitas mãos acaba por torriscar a comida… e bem sabemos as turbulências e poços de ar… que decisões políticas mal feitas na SATA causaram… por causa das linhas ruinosas impostas à empresa sabe-se lá com que interesses… e também porque é uso querer-se um avião à porta de casa em cada ilha! Depois o que deu foi um “buraco” que está a ser difícil tapar… Tenham dó porque precisamos de uma empresa de aviação que seja a porta de entrada e saída dos Açores.


Ricos! Quero mandar um ternurento beijinho para quantos na velha capital da Ilha de São Miguel celebraram de várias formas, com palestras, apresentação de livros, representações e outras iniciativas, os 500 anos do grande terramoto que em 1522 provocou o arrasamento e subversão de Vila Franca… e também os 500 anos do início das romarias quaresmais, embora não haja a certeza absoluta de terem começado no mesmo ano do terramoto… A minha prima Maria da Vila ficou de me contar como decorreu a sessão no claustro do Convento de São Francisco com o antigo presidente Rui Melo, romeiro de décadas, a fazer a apresentação do livro do mestre Carlos Vieira sobre a história e identidade das romarias. Não fui convidada para lá estar com o meu vestido azul-bandeira, mas como fuseira de gema que sou, vejo estes 500 anos com grande ligação a outro meio milénio que agora se celebra e que marca o nascimento de Gaspar Frutuoso, um dos que melhor soube deixar para o futuro uma narração de história e lenda sobre o terramoto da Vila… Assim se faz memória e bem precisamos de a refrescar… para superar o mediatismo e o individualismo que se implantou no planeta Terra!


Meus queridos! Acabaram agora as taxas moderadoras nos Centros de Saúde e só restam as que se paga nas urgências dos Hospitais. Não sou mulher entendida nestas coisas, mas nas minhas várias deslocações ao Centro de Saúde, por via dos meus achaques e dores nas cruzes, que são próprias da idade, …nunca vi ninguém pagar seja o que for, a não ser que mandem a conta depois para casa e isso escapa-me… O que não entendo é que nas Urgências onde a gente só vai… ou deve ir… quando está mesmo à rasca,  e que no meio das dores ou do imprevisto se tenha de lembrar do pilim para pagar a taxa moderadora… Ou seja, a minha prima da Rua do Poço diz que os maiorais da Saúde se calhar querem que se pague a dita taxa  para desse modo fazer com que se recorra menos à Urgência,…  mas diz ela que a taxa pode ter o efeito contrário que é o de “eu sei que pago e por isso tenho direito a ir quando quiser”… Mas seria bom saber se o pilim arrecadado pelas taxas moderadoras dá para pagar toda a estrutura montada para o seu recebimento… Essa é uma informação que gostaria que alguém me desse, já que os meus queridos deputados no apaixonado debate que travaram durante a discussão da matéria, não se preocuparam em saber quanto custa manter o serviço de caixa nos hospitais e se há borlas para alguns e obrigação de pagamento para os que trabalham sol a sol para sustentarem a casa e a família!


Ricos! Quero mandar um ternurento beijinho para o antigo responsável pela Polícia Municipal, Alberto Peixoto, por mais um artigo por ele assinado e publicado no jornal que tão generosamente me acolhe no seu seio no passado dia 2 deste Outubro. De facto, passam os anos e as questões de segurança mantêm-se, por vezes fruto da inércia e da acomodação de quem é responsável. Como já tenho escrito aqui nos meus recadinhos, não é preciso estar a inventar muito, mas sim estudar e descobrir o que já existe em termos de legislação, posturas municipais e outros instrumentos de lei e autoridade. Dá trabalho, mas é isto que se precisa. Andamos de estudos em estudos, de reuniões em reuniões e não há maneira de pôr na prática aquilo que está há muito escrito… Mas para isso é preciso, realmente, que haja gente de pulso forte… coisa que está bem difícil!

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Autor: CA

Categorias: Maria Corisca

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