Na sessão do PS evocativa dos sete anos de governos socialistas liderados por António Costa, que decorreu na estação fluvial do Terreiro do Paço, o Presidente do PS Carlos César, através de uma mensagem vídeo, pediu ao Governo um mais apurado sentido de orientação, maior entusiasmo na acção e maior rigor nas condutas, advertindo que no actual quadro político as responsabilidades do Executivo socialista são “intransferíveis”.
O Presidente do Partido Socialista, Carlos César, líder parlamentar do PS entre 2015 e 2019, afirmou que a maioria absoluta alcançada nas últimas eleições legislativas pelo Partido Socialista revelaram uma “confiança expressiva, e a vontade dos portugueses em terem um Governo estável e uma política com um rumo certo, e sem sobressaltos, relativamente a incertezas e às perturbações de um apoio parlamentar incerto”.
“Exige-se agora um apurado
sentido de orientação”
Com o novo quadro político, Carlos César avisou que, “exige-se agora um apurado sentido de orientação e, simultaneamente, o maior entusiasmo e o maior rigor nas condutas e na concretização das tarefas” que competem aos socialistas na acção governativa, acrescentando que “as nossas responsabilidades políticas actuais são intransferíveis. Mesmo considerando todas as dificuldades que nos trouxeram eventos inesperados como a pandemia ou a guerra no leste europeu, ou a maior inflação internacional das últimas décadas, o que fazemos e o que fizermos, melhor ou pior, a nós deveremos. Os portugueses confiaram em nós; cabe-nos, assim, continuar a honrar a confiança dos portugueses”, disse o Presidente do PS e actual Conselheiro de Estado.
Carlos César citou depois o lema do PS, “Juntos, temos conseguido”, mas para introduzir um acrescento: “Conseguimos, mas temos de fazer mais”.
Ainda nesta lógica de intervenção, o Presidente do PS referiu-se em concreto aos sectores em que o Governo enfrenta desafios.
“Cruzamento de interesses
que vivemos, que prenuncia
um novo ciclo...”
“Conseguimos responder à pandemia [da Covid-19] com um SNS (Serviço Nacional de Saúde) à altura do desafio, mas importa, sem dúvida, melhorar o seu desempenho em geral na óptica da prestação de cuidados e da sua melhor administração. Conseguimos defender os nossos interesses nos planos europeu e internacional, mas, na turbulência e cruzamento de interesses que vivemos, que prenuncia um novo ciclo, essa é uma tarefa crescentemente exigente e insusceptível de ser negligenciada”, disse.
“É com esse inconformismo e concretizando metas mais ambiciosas, que vale a pena prosseguir”, completou.
Carlos César elogiou ainda a liderança de António Costa, no PS, considerando que, ao longo dos últimos sete anos, o partido “reafirmou-se como factor de estabilidade e de coesão nacional lembrando, que para essa estabilidade muito havia contribuído e continuará, a liderança mobilizadora e esclarecida do Secretário-geral e Primeiro-ministro António Costa.