5 de fevereiro de 2023

Recados com Amor...

Meus Queridos! O Papa Francisco está de visita à República Democrática do Congo e Sudão do Sul e no segundo dia da visita o Papa Francisco celebrou a missa perante mais de um milhão de fiéis coisa que já não acontecia desde a pandemia da COVID 19. Para receber o Papa Francisco estava uma multidão de pessoas na pista do aeroporto da capital, que segundo os dados divulgados pela imprensa internacional era uma multidão de mais de um milhão de fiéis que foram receber o Santo Padre, quase 38 anos depois da visita feita pelo Papa João Paulo II. No dia anterior, milhares de pessoas já haviam tomado conta do enorme campo para garantir que não perdessem nada, mesmo que isso significasse não dormir na noite anterior. Este foi o caso de Joseph, de 42 anos que conseguiu cinco dias de férias do seu chefe para vir da província de Kasai, no centro da República Democrática do Congo e conduziu durante 24 horas para chegar ao aeroporto de Kinshasa às 3 da manhã. Quando foi abordado pela imprensa Joseph disse: “Eu vim para tomar a bênção do Santo Padre. Quando você vê o Papa, você vê o representante de Jesus, aquele que traz a paz”…. Meus Queridos! A minha prima Maria da Praia disse-me que andou a folhear a imprensa nacional sobre a deslocação do Papa Francisco mas não encontrou informação sobre a matéria, quando prolifera outras noticias que não têm o impacto social revelado pela população mártir da República democrática do Congo, onde a fé cristã cresce enquanto ela se esvai na “velha Europa” e por isso disse-lhe que ia mandar-lhe o testemunho quanto à recepção como à fé do Joseph que conduziu 24 horas seguidas para ir a Kinshasa ver e receber a bênção do Papa Francisco. Em Portugal ficaram todos engasgados com a polémica do altar e dos mictórios para acolher as Jornadas Mundiais da Juventude… É assim que vai o mundo!

Meus queridos! Quando li no jornal que tão generosamente me acolhe no seu seio a notícia da demissão em bloco de todos os membros da Comissão Administrativa da Cruz Vermelha em Ponta Delgada, logo dois dias depois do meu recadinho de Domingo passado em que dava conta do trabalho que estavam a realizar, pensei cá comigo que, nem que eu estivesse adivinhando o que iria acontecer dois dias depois. Não quero meter-me em contas que não são do meu rosário, muito mais quando pelo meio há velhas pendências e processos judiciais, mas como mulher atenta a uma instituição que há mais de um século é um pilar fundamental e carismático no serviço social aos mais desfavorecidos e em tempo de crises ou calamidades, o meu desejo é que agora alguém consiga que todas as partes se sentem à mesa e encontrem uma solução de equipa para a nossa Cruz Vermelha, que não pode, de forma nenhuma, ser propriedade seja de quem for e não merece ficar apagada como tem estado, porque ainda há sociedade civil capaz de intervir, sem interesses e com solidariedade…

Meus Queridos! O dia de ontem, quatro de Fevereiro, assinalou o dia Mundial de Combate ao Cancro, uma doença que chega vezes sem conta pela calada, e que segundo os especialistas, precisa ser tratada atempadamente para se obter resultados positivos. A propósito, a minha comadre Ernestina ouviu através da rádio, o lamento de vários doentes com cancro na Ilha de São Miguel, que diziam estar revoltados porque não obtêm resposta para tratamento do cancro nos Serviços de Oncologia do Hospital do Divino Espírito Santo. Ernestina diz que os lamentos daquelas pessoas cortaram-lhe a alma porque vêm todos os dias a vida fugir-lhes por falta de assistência médica atempadamente… Na verdade a situação arrasta-se há tempos desde que o Director de Serviços meteu baixa… Não sabe Ernestina se por doença ou por incompatibilidade com os dirigentes hospitalares. A verdade é que tal situação não se pode prolongar e deve-se evitar o que já acontece noutros lados que é responsabilizar judicialmente os serviços e os seus responsáveis pela falta de assistência em tempo útil…. Ernestina Está muito curiosa para conhecer a nova administração do HDES que está prometida pelo meu querido Presidente Bolieiro, e ela espera que o jejum passe rápido…. Para bem dos doentes e de toda a estrutura do maior Hospital dos Açores….

Ricos! Fiquei menente com a troca de galhardetes entre o Governo e o Presidente do PS/Açores devido á deslocação do Ministro das Infra-estruturas João Galamba à Região, com visitas programadas ao Porto das Flores e ao Porto de Ponta Delgada. O mérito está na disponibilidade do ministro em responder ao convite feito pelo Governo dos Açores para in loco se inteirar da dimensão da catástrofe que afectou o Porto das Lajes das Flores e a necessidade do governo da República cumprir com a promessa de apoio financeiro que fez ao Presidente Vasco Cordeiro…. Mas que pelos vistos, está meio encalhada nos tetrápodes que mergulham nos destroces do molhe do porto das Lajes… Arrufos à parte o que a minha prima Gabriela quer é que a obra avance e se cumpram os compromissos assumidos… É caso para lembrar o provérbio popular “ao rico não devas e a pobre não prometas”…..

Ricos! Passou o Dia das Amigas e diz-me a minha sobrinha-neta que este ano elas desbancaram por tudo quanto foi restaurantes e sítios de animação e também pelas redes sociais só se via fotografias de grupos divertidos e felizes. E é bem bom que este espírito prevaleça, no meio de tanto motivo para estar preocupado, pois o Carnaval são dois dias e já vem a caminho, depois das Quintas-feiras de Compadres e Comadres. E já que estou a falar em Carnaval, e tendo lido no jornal que tão generosamente me acolhe no seu seio as preocupações de um grupo de ambientalistas sobre a batalha das limas na Avenida Litoral de Ponta Delgada, sempre quero dizer que nessas coisas não é o fundamentalismo nem a pura proibição que resolve as coisas, mas sim um trabalho sério que concilie uma tradição de muitas décadas…. Com a batalha que se desenrola num espaço delimitado…. Lá que os seus promotores sejam responsáveis nos lugares onde preparam as “cargas de água”, e tenham de deixar tudo limpo e não semeando plásticos à toa estou de acordo! Mas, de resto, e como já se viu em anos anteriores, as equipas de limpeza da Câmara Municipal são exemplares e horas depois da “batalha” o “campo” não tem destroços nenhuns… Como diz a minha prima Genoveva,… Há quem não goste de touradas, mas não consegue acabar com elas, há quem não goste de roqueiras e “bombans” que deixam pessoas e animais assustados e estressados e tem de levar com eles, porque são tradição… Há lugar para tudo…. E as tradições devem ser respeitadas sem ferir a liberdade de cada um…. Sem crise!

Meus queridos! Quero mandar um ternurento beijinho ao presidente da minha cidade-norte, Alexandre Gaudêncio e ao meu querido Padre Galvão, e na pessoa deles a todos os que fizeram da noite das Estrelas, no passado dia 1 de Fevereiro, um grande e muito participado momento de festa, com frio do norte mas com muita música e alegria. E, este ano, depois dos anos em que eram mais fortes os cuidados com a covid, o público respondeu enchendo as ruas da Ribeira Grande para ver os grupos de diversas zonas da ilha que ali desfilaram. Quase no fim da passagem dos diversos ranchos até vi um belo e divertido grupo que veio do Nordeste, integrando pessoal do IROA e até o Secretário Ventura da Agricultura. A tradição está mesmo a firmar-se e bem bom que em outras vilas e cidades de São Miguel estão a fazer as Estrelas em dia diferente, para que possa haver o intercâmbio de grupos que gostam de bisar a sua participação… Assim até dá gosto!

Meus queridos! Ouvi esta semana que a EDA vai começar em breve a instalar os contadores inteligentes nos cerca de 130 mil consumidores de baixa tensão. Diz a empresa que a coisa vai demorar uns dois anos. E não é para menos, porque até agora andaram pelas casas a trocar os velhos contadores por uns que dizem ser tri - horários, mas que tornam a leitura mais complicada para muita gente. Oxalá que os novos venham descomplicar a coisa, com as leituras automáticas e electrónicas, pois a gente neste momento precisa mesmo de tirar um curso para ler uma factura da EDA, tão complicado que aquilo é…

Meus queridos! Quando eu pensava já ter visto e ouvido tudo, esta semana li que o Ministro da Saúde propôs ao Parlamento uma lei para que as baixas de curta duração não precisem de um médico, mas apenas de um telefonema para a linha SNS24 com “compromisso de honra do doente” que está mesmo incapaz de ir trabalhar… Se com as idas aos médicos, no ano passado houve quase um milhão de baixas de curta duração, imagine-se agora, com um simples telefonema. E imagine-se como é que os ditos cujos serviços telefónicos vão dar conta de registar tantas baixas de três dias quando for perto de feriados e pontes… E depois queixam-se que Portugal anda na cauda da produtividade, na Europa e arredores… Mas pior ainda é não dizerem quem é que suporta os custos da baixa!.. Será mais um encargo para o Serviço Nacional de Saúde ou para a empresa… Ou empregador do/da doente?... Não param de inventar! É uma alegria em casa de gente pobre…

Ricos! O Tribunal Constitucional chumbou a Lei da Eutanásia que agora vai regressar novamente ao Parlamento pela terceira vez para corrigirem, ao que parece, uma frase com uma conjunção que lá está copulativa e o tribunal quer saber se pode ser entendida como adversativa. Ou seja, era mais um furo na rede, como sempre acontece com as leis que dizem respeito às pessoas e à vida. Numa coisa tão séria como é a eutanásia em que há hipóteses de utilização para fins inconfessos, seria tempo de o meu querido Presidente Marcelo exercer a sua magistratura de influência e fazer com que um assunto tão fracturante na sociedade portuguesa fosse referendado, embora se saiba que a vida, nem ao nascer, nem ao morrer, deva ser referendada… Mas era para ver, realmente o sentir das pessoas, para não ficar essa impressão que estão a legislar numa coisa que nem esteve em cima da mesa nos programas eleitorais, nem quem votou mandatou os deputados para isso… Como diz a minha prima Genoveva, quem tem medo dos referendos?

Meus queridos! Ao passar esta semana pela baixa de Ponta Delgada, por acaso no dia das Amigas e com cheirinho a Carnaval, tive de parar no Largo Vasco Bensaúde, que muitas das minhas amigas já conhecem como canto da Londrina, para ver e ouvir a animação que o meu querido Carlos Sá para ali tinha encomendado e que fazia com que muitos e muitas até dessem o seu pezinho de dança. Num momento em que todos estão à espera de apoios, é bom ver que ainda há quem aposte na iniciativa e no chamamento. Quero mandar um ternurento beijinho para o empresário Carlos Sá e sua equipa e também dizer como ouvi dizer ao edil-mor da cidade: “ainda hás-de receber uma medalha”. Como ribeira-grandense que me prezo, eu digo que já é mais que merecida!

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Autor: CA

Categorias: Maria Corisca

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