O Conselho do Governo dos Açores autorizou a reintegração da Região Autónoma na Associação Visit Azores.
O regresso da Região à qualidade de associado fundador da Associação Visit Azores, segundo o Governo, “é consequente com a importância estratégica do sector do turismo, com a necessidade de reforçar o reconhecimento da legitimidade” da associação, em articulação com o Governo Regional, como entidade responsável pela promoção externa dos Açores perante as entidades nacionais e internacionais do sector do turismo, e ainda “com a necessidade de ter uma associação de promoção dos Açores robusta e capaz de potenciar e consolidar a notoriedade e atractividade da Marca Açores no turismo e fomentar uma acção promocional mais selectiva e assertiva, que contribua para a melhoria da promoção externa do destino como um todo”.
No entender do Governo dos Açores, a ausência da Região na composição da agora designada Visit Azores, “não se afigura adequada, atendendo quer ao modelo de financiamento da Associação, quer à natureza das agências de promoção turísticas regionais”.
Assim, o Governo “apoia, porque há fundamento de interesse público estratégico, a readmissão da Região Autónoma dos Açores, na sua qualidade de sócio fundador da então ATA, actualmente designado de Visit Azores”.
O Governo, no entanto, “não prescindiu de deixar inscrita, na comunicação de readmissão”, comunicada à Direcção da Associação e dos seus associados, e que “foi aceite por unanimidade” em Assembleia geral realizada no passado dia 23 de Janeiro, que “a efectivar participação e permanência da Região naquela Associação está assente em cinco pilares fundamentais”.
Os cinco pilares da entrada
do Governo dos Açores
Em primeiro lugar, o Governo Regional “assume a Presidência e a maioria do Conselho de Administração, bem como a respectiva nomeação de Director Executivo, no caso de exigência da sua existência”.
Em segundo lugar, o Governo Regional “deve ser informado de toda a situação financeira e do apuramento de responsabilidades de todo o histórico da gestão da então ATA e ora Visit Azores, que poderá incluir a realização de auditorias”.
Em terceiro lugar, o Governo quer que “a gestão futura implica a racionalidade e diminuição dos custos de funcionamento”.
Considera também “um pilar fundamental” a revisão dos Estatutos da Visit Azores “no sentido de garantir de forma inequívoca estes preceitos”.
Finalmente, “como último pilar fundamental”, o Governo Regional, após a readmissão da Região, “tomará a iniciativa de propor um texto de revisão estatutária”.