Já se passaram mais de dois anos e, embora a empresa ainda seja jovem no mercado, o nosso interlocutor já trabalhava no ramo há mais de duas décadas. “Aqui nos Açores, neste segmento de negócio já trabalho há 20 anos, sempre no ramo da óptica, conhecendo, de certa maneira, o mercado açoriano e micaelense”.
Comerciando uma enorme gama de armações, Nuno Fernandes explicou à nossa reportagem, que “numa fase inicial” optaram “por algumas marcas que fizessem diferenciação”, até porque o mercado também exige, que a Loja dos Óculos tivesse as mesmas marcas que a concorrência também tivesse, “por uma questão de estratégia comercial”.
“O número e a quantidade de marcas que temos vindo a representar tem crescido. Temos marcas que fundamentalmente têm origem de fabricação francesa, alemã e, naturalmente algumas italianas. Temos marcas, que se distingam, sem serem exclusivas, como a Azzaro ou a Festina, mas temos também algumas marcas, que apesar de não terem, às vezes, aquele carisma publicitário, que são tão conhecido do consumidor, assentam, no entanto, na relação/qualidade bastante boa e fundamentalmente, para além das marcas que temos e teremos ainda no futuro, apostamos, dentro das mesmas colecções, em designers diferentes”, complementou.
Em termos de marcas, surgem ainda a Cione, Etnia, Morel, Bulget, Ted Baker, Prestige, Alexander Wintsch e muitas outras.
Inovar em termos de cores e formatos
Mais disse, que a Loja dos Óculos tenta inovar ainda “em termos de cores e formatos, para que o mercado seja, cada vez mais variado. Isto acaba por ser bastante positivo, quer para a concorrência, porque esta obriga-nos a trabalhar melhor, mas também para o consumidor, que não tem a necessidade de se deslocar a Lisboa ou ao Porto para adquirir óculos, quando Ponta Delgada já tem tanta oferta e a ideia é mesmo esta, que é trazer a oferta para cá, para que as pessoas não tenham que se deslocar, porque hoje em dia não me parece que faça sentido essas deslocações. Para além das marcas, temos, do mesmo modo, conceitos diferenciadores, onde ao nível de lentes oftálmicas trabalhamos com todas as marcas e fabricantes que o país representa, onde isso acaba por ser comum em todas as ópticas, onde para além disso, tentamos sempre trabalhar com o melhor produto, que permite colmatar as necessidades dos clientes, que muitas vezes desconhece quais são as suas verdadeiras necessidades e tem de haver um acompanhamento técnico, de forma que ele perceba o que é melhor para si, mantendo o rácio de qualidade/preço”.
Consultas e outros consumíveis
A Loja dos Óculos disponibiliza consultas de optometria ou oftalmologia, dispondo ainda serviço de contactologia, nos quais tem stocks para entrega imediata, para além de todo um conjunto de pequenos consumíveis associados à volta dos óculos. “Neste momento, é esta a nossa amplitude, porque estamos sempre à procura de oportunidades e conceitos, que nos façam ser diferenciadores dos demais, sendo este um trabalho em constante progresso”, assinalou.
A Loja dos Óculos não pretende expandir, porque mais vale ter uma loja a trabalhar bem do que ter duas a funcionar menos bem. “A Loja dos Óculos é só em Ponta Delgada e não existe a ideia de expansão, porque por experiência noutros casos e grupos que trabalhei com alguma dimensão, a expansão por vezes é tentadora para que haja uma quebra de qualidade. Mais vale uma loja a trabalhar bem e que tenha um bom serviço para o cliente, do que ter duas a dar problemas e não servir bem o cliente”, entende.
Crescer de forma sustentada
Nuno Fernandes releva, que o negócio tem corrido bem, de uma forma sustentada, onde em 2021 foi conseguido os objectivos que estavam, mais ou menos pensados, havendo um diferencial de crescimento em 2022. “O negócio estava pensado para abrir na passagem de ano de 2019 para 2020, começou-se a procurar espaços e a fazer todo um projecto de aquisição de equipamentos e tudo mais, só que o mesmo já estava de tal maneira lançado, que depois veio a pandemia e abrimos na mesma em 2020. Contudo, Dezembro de 2020 não é equacionável, mas 2021, pelos seus desafios, foi um ano agressivo, porque somos uma loja de rua e para isso é preciso que haja gente na rua, mas mesmo assim atingimos o que estava, mais ou menos pensado, dentro da racionalidade face à situação. Em 2022, há um diferencial de crescimento, onde associado a isto está a dinamização das pessoas que passaram a estar nas ruas a circular, onde até estamos numa das melhores artérias da cidade de Ponta Delgada, mas acreditamos que as coisas vão continuar a ser progressivamente positivas”.
“Não vendemos mais nada do que os outros, que são óculos e lentes, mas a única coisa que nós temos de diferenciar é com um atendimento o mais personalidade possível, para que o cliente sinta, que a venda não acaba na soleira da porta e há toda uma continuidade após isso, e principalmente o serviço pós-venda, que é um dos problemas que percebi, ao longo destes 20 anos que existe em São Miguel, porque o cliente tem de sentir, que qualquer coisa que precise tem a porta aberta e não quero dizer, que com isso tenha que pagar. Portanto, há todo um conjunto de consumíveis, que os óculos têm, que podem ser rectificados, consertados ou substituídos sem que o cliente tenha de pagar, dentro dos âmbitos da garantia ou da legislação, que assim obriga”, acrescentou.
A Loja dos Óculos está no mercado para apresentar outros artigos, conceitos e cores, mas não só, mas também, e principalmente um atendimento o mais personalizado possível, porque ao fim e ao cabo, o que “importa mesmo é o feedback positivo e a satisfação do cliente, para que todo este esforço se colmate no momento de entregar os óculos e o cliente se sinta radiante e que veja bem, e é esse o objectivo final”.
De Segunda a Sexta-feira, a Loja dos Óculos funciona das 09h00 às 18h30, sem interrupção para almoço, e ao Sábado, das 09h00 às 13h00, com interrupção para almoço, reabrindo das 14h30 às 17 horas, durante todo o ano.
Neste momento, a Loja dos Óculos funciona apenas com dois colaboradores, nomeadamente com Nuno Fernandes, como gerente e multifacetado em todas as funções, e uma vendedora, que está em progressão de formação e com outras funções que estão a ser projectadas, podendo no futuro haver espaço para um terceiro elemento.
Marco Sousa