Um homem de 32 anos de idade foi ontem condenado pelo Tribunal de Ponta Delgada a uma pena de prisão efectiva de 7 anos e 6 meses. Os factos imputados a este arguido remontam a Agosto do ano passado quando uma equipa de segurança do Parque Atlântico foi alertada para o furto de seis garrafas de whisky e outra de aguardente do interior do hipermercado localizado neste centro comercial. Quando um dos elementos de segurança, um homem com 44 anos de idade, tentou interceptar o suspeito, este não acatou a ordem e colocou-se em fuga. O segurança correu no seu encalço e, após uma altercação entre os dois, o arguido desferiu vários golpes com uma navalha, atingindo o segurança no braço esquerdo, polegar direito e pescoço, causando-lhe ferimentos ligeiros.
Só mais tarde, quando um outro segurança chegou ao local, foi possível imobilizar o arguido que acabou por ser detido por uma equipa de intervenção rápida da PSP junto à entrada principal do Parque Atlântico.
Na leitura da sentença que decorreu ontem à tarde no Tribunal de Ponta Delgada, o Juiz destacou a falta de arrependimento demonstrada pelo arguido durante o julgamento. O magistrado, aludindo ao facto de o homem já ter antecedentes criminais por ofensas à integridade física e furto, destacou que este “volta sempre ao mesmo”.
Recordando que este indivíduo “saiu da prisão ao abrigo da Lei Covid”, o Juiz referiu que o homem não teve qualquer pejo em continuar a praticar crimes e valorizou negativamente o facto de este ter optado por roubar álcool.
“Espero que saia (da prisão) uma pessoa diferente”, rematou o magistrado.
Para além desta acusação, pendiam ainda sobre este arguido outras relacionadas com crimes de dano, introdução em local vedado ao público e injurias agravadas relativas a um episódio ocorrido a 11 de Abril do ano passado. Nessa data, e após ter arrombado a porta de um prédio situado na Rua Dr. Aristides da Mota, em Ponta Delgada, este indivíduo barricou-se no interior da casa de banho e recusou entregar-se à equipa da PSP que se deslocou ao local. Após os elementos das forças de segurança terem atirado gás pimenta para o interior do compartimento, o arguido ainda tentou agredir os agentes policiais com socos e pontapés antes de ser detido.
Estas acusações foram dadas como provadas durante o julgamento e valorizadas aquando da aplicação da pena de 7 anos e 6 meses de prisão efectiva.
Luís Lobão