O estado de erosão da falésia na zona urbana da freguesia das Calhetas – concelho da Ribeira Grande - tem sido alvo de uma monitorização atenta e permanente por parte de várias entidades, tendo sido realizada, recentemente, uma reunião conjunta in situ com os departamentos do Governo Regional envolvidos neste processo (incluindo a Direcção Regional das Obras Públicas, a Dirceção Regional do Ordenamento do Território e dos Recursos Hídricos), o Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande e respectivo serviço de Protecção Civil, a Presidente da Junta de Freguesia e o Laboratório Regional de Engenharia Civil.
“Esta reunião foi realizada na sequência do acompanhamento e da articulação que tem havido entre as diferentes entidades, servindo, ainda, para verificar os efeitos de uma pequena derrocada no dia anterior”, explica Berta Cabral, Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas.
A governante adianta ainda que aquele “foi um momento importante, pois permitiu fazer um ponto de situação do processo relativo à protecção da base da arriba para reduzir a erosão da mesma e esclarecer os trâmites necessários para a salvaguarda dos imóveis que podem estar em causa”.
O projecto de execução para a empreitada, com um investimento estimado de 3,6 milhões de euros, já se encontra concluído, consistindo na execução de uma protecção costeira à base da falésia, que, na primeira fase, incidirá na área mais crítica e erodida.
“Os elementos da Direcção Regional das Obras Públicas presentes na reunião fizeram uma breve explicação do projecto de execução e dos condicionalismos, durante a obra, na circulação em toda a zona”, avança Berta Cabral. Da reunião, destaca-se a aceitação muito boa daquilo que é proposto e a plena concordância relativamente ao modo como serão conduzidos os trabalhos, que, dadas as características morfológicas do local, incluirão a construção de uma rampa de acesso à obra, que servirá futuramente para acesso definitivo à zona balnear dos Poços das Calhetas. No decorrer do mês de Março, serão desenvolvidos trabalhos de demolição dos imóveis mais afectados pelo processo erosivo e que já foram anteriormente adquiridos pela Região, e, após a época balnear oficial de 2023, iniciarão os trabalhos da empreitada.