Praticamente um ano depois de ter chegado à Marina de Ponta Delgada com a sua primeira casa-barco e de ter falado com o nosso jornal, o negócio da Homeboat Company, empresa fundada em 2017 e com sede em Lisboa, vai de ‘vento em popa’. Contactado pelo Correio dos Açores, o fundador e CEO da Homeboat Company, Rodrigo Rubin, fez um balanço positivo da actividade.
“Estamos muito contentes, os clientes adoram a experiência e as nossas avaliações são 5 estrelas”, realça Rodrigo Rubin.
O CEO desta empresa que, em Portugal, tem também casas-barco em Albufeira ou Lisboa, revela depois que em Ponta Delgada já estão 4 casas deste tipo. O objectivo passa, por até ao final do presente mês de Março, trasnportar mais duas para o Porto de Ponta Delgada.
Todas estas estruturas são de tipologia T1 com 8 por 3 metros e possuem, para além de um quarto de cama, uma cozinha e uma casa de banho no interior. Na parte exterior, contam com um terraço em cima e dois balcões; um à frente e outro atrás. Para além disso, Rodrigo Rubin explicava igualmente que estas “casas trazem um motor e podem navegar sem qualquer tipo de problema”. Apesar dessa particularidade, o CEO desta empresa admite que “num local com as condições atmosféricas dos Açores, estas estruturas são mais para ficar atracadas. Mas, noutros locais, tem essa dupla função”.
Os turistas são, naturalmente, os principais clientes no arrendamento destas casas tão particulares. Rodrigo Rubin especifica que cerca de 40% destes são portugueses, sendo os restantes provenientes de países como os Estados Unidos da América, Alemanha, França, Países Baixos ou Suíça.
“São um pouco de todo o lado”, afirma.
O fundador da Homeboat Company conta depois que esteve reunido há pouco tempo com a Direcção Regional de Turismo e que a intenção passa agora por ‘atracar’ mais destes barcos noutras marinas dos Açores.
“Em Vila Franca do Campo, no Faial ou na Terceira (…) Temos o objectivo de investir e de poder proporcionar uma nova experiência. Estamos convencidos de que a região é um local incrível e com muito para dar. Acho que esta fórmula vai correr muito bem e temos confiança de que este investimento vai dar certo”, realça.
Tendo começado com apenas um trabalhador em regime de part-time, a Homeboat Company tem actualmente contratadas três pessoas em Ponta Delgada.
Numa outra vertente, Rodrigo Rubin destaca “o carácter sustentável” deste tipo de turismo e também o facto de este ser “algo completamente diferente” do habitual. Um ano depois da sua entrada no mercado parece indiscutível que as casas barco vieram mesmo para ficar.
Luís Lobão