A Presidente da Câmara Municipal da Lagoa, Cristina Calisto, marcou presença na missa solene que assinalou os 50 anos da morte do lagoense Eng. João Leite de Bettencourt, que teve lugar, ontem, na igreja de Nossa Senhora do Rosário. Uma cerimónia organizada pela sua filha, Palmira Bettencourt, e que contou com a presença também da Presidente da Junta de Freguesia do Rosário, Lucrécia Rego, e de membros do Instituto Padre João José Tavares e amigos do ex-autarca.
Cristina Calisto lembrou o ilustre lagoense como sendo “o homem, o autarca, o químico e o industrial, que muito contribuiu para o desenvolvimento da Lagoa, uma pessoa de uma bondade inestimável e muito prestável. O legado que nos deixou, através do seu trabalho na fábrica do álcool e da Cerâmica Leite, é de um valor incalculável”.
Nascido a 21 de Agosto de 1916, nas Alminhas – Lagoa, João Leite de Bettencourt diplomou-se pelo Instituto Industrial de Lisboa, em 1942. Depois de terminado o curso, regressou a São Miguel, tendo iniciado a sua actividade como químico analista na fábrica de Laticínios Loreto, em 1951, na antiga União de Fábricas do Álcool dos Açores (UFAA), mais propriamente na fábrica do álcool da Lagoa, até à data da sua morte, a 12 de Março de 1973.
João Leite de Bettencourt foi conhecido como “um homem exemplar, de uma bondade extrema, honestidade e dedicação como esposo, pai, amigo e cidadão lagoense. Dedicou-se de alma e corpo à sua terra, não só como autarca, mas também como industrial e químico”, conforme se pode ler na obra «Âncora do meu coração», escrita pela sua filha, Maria Palmira da Silva Leite Bettencourt.
Foi nomeado Presidente da Câmara Municipal de Lagoa em 1959, tendo sido Vice-Presidente no anterior mandato com o Eng.º Jaime Sousa Lima. Por motivos pessoais, cedeu o seu lugar de Presidente ao seu estimado primo e amigo Eng.º João da Mota Amaral. Ligado à Câmara Municipal de Lagoa por largos anos, viveu e acompanhou intensamente o desenvolvimento económico e social do concelho. Em 1964, tornou-se o único proprietário da indústria fundada pelo seu avô Manuel Leite Pereira, dando-lhe o nome de Fábrica de Cerâmica Leite, actual Cerâmica Vieira.