Após uma fase de experimentação e refinação iniciada em 2021, entrou este mês nos mercado o queijo curado de ovelha da Queijaria Ilha Santa Maria, da ARCOA – Associação Regional dos Criadores de Caprinos e Ovinos dos Açores.
O leite de ovelha é recolhido entre Janeiro e Junho, de uma produção de 100 ovelhas descendentes de ovinos da raça Lacaune importadas de França e introduzidas na ilha. Aníbal Moura, Presidente da ARCOA, explica que as ovelhas dão entre 1,2 e 1,6 litros por dia, e a produção do queijo trabalhar com cerca de 100 litros por mês. A sua cura é de 45 dias.
A produção de queijo de ovelha surgiu como uma novidade na ilha e, para além de muita experimentação e refinamento, foi necessária uma fase de formação, que foi ministrada por uma queijeira do exterior, com muitos anos de experiência na laboração do queijo Serra da Estrela. “Isto é tudo muito novo”. O ano passado foi também ministrada uma formação de maneiro e ordenha de ovelhas.
A receptibilidade deste queijo curado de ovelha junto dos consumidores tem sido positiva, bem como dos outros produtos da queijaria. “O queijo está a sair bem. É para isso que trabalhamos”, orgulha-se o Presidente da ARCOA.
Novos produtos têm tido
boa aceitação
Esta queijaria artesanal foi a primeira, e é até agora a única, unidade de transformação de leite daa ilha. Abriu portas em Maio de 2021. O projecto surgiu com o intuito de reforçar o rendimento dos associados da ARCOA e produtores locais e a competitividade das suas explorações. Nestes primeiros anos da sua existência, a queijaria tem apostado na experimentação de produtos, que são depois avaliados entre os consumidores.
A actividade tem sido a de transformar leite de ovelha e leite de vaca em queijo curado e queijo fresco. O leite de vaca mais para um queijo fresco, algum curado e requeijão. O leite de ovelha para queijo amanteigado e requeijão e iogurte de ovelha. O requeijão e iogurte de ovelha têm tido uma aceitação bastante boa.
A queijaria conta agora com duas colaboradoras. Para já, o objectivo é continuar a produzir para Santa Maria, e para São Miguel, em segundo lugar. “Vamos crescendo aos poucos, devagar. Não dando um passo maior que a perna”, acautela Aníbal Moura, mas acrescenta que apesar de ser artesanal, produz-se nas quantidades necessárias.
Mariana Rovoredo