19 de março de 2023

Recados com Amor...

Meus Queridos! A minha prima Maria da Praia, que anda sempre atenta às questões da política, telefonou-me para falar sobre a ressonância política que tem havido na sequência dos Deputados Nuno Barata do IL, e Carlos Furtado (independente do Chega) terem, cada um, rasgado o acordo que haviam celebrado com a coligação que compõe o XIII Governo Regional… Os Deputados mandaram uma carta ao Representante da República dando conhecimento dos factos e diz Maria da Praia que eles pareciam querer que o Embaixador Catarino avançasse com a demissão do Governo, facto que não está nas suas competências… A verdade é que, como resposta, quer o Presidente da República, quer o Representante da República, disseram que havia condições para o Governo continuar a governar e a Assembleia a cumprir o que lhe compete… É verdade que tem havido muita opinião sobre o assunto, muita dela com origem em militantes e simpatizantes do PSD, quer da ilha Terceira como da ilha de São Miguel, dirigida ao Presidente do PSD, instando-o para que tome as rédeas da governação… Lembrando que o Povo é quem mais ordena! Maria da Praia diz que muitas das suas amigas não se preocupa com as tricas entre governantes, mas não lhes perdoam o desgaste provocado pelo quero, posso e mando de alguns que serão depois responsabilizados nas urnas pelo mal que estão a fazer à Autonomia… Ainda no campo da política, Maria da Praia diz que o meu querido Presidente Marcelo esteve mais comedido nos seus comentários “de bancada”, certamente pelas reacções negativas ao que tem “debitando” diariamente aos microfones e às câmaras de televisão dos jornalistas que andam atrás do Presidente da República para terem matéria que publicar, intercalada com os relatos da guerra na Ucrânia ilustrados com imagens de destruições horrendas que acontecera já há um ano naquele martirizado país e que atinge o resto da Europa… Enquanto isso, no passado dia 10 de Março o antigo Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, tido como o “desejado” dos militantes sociais-democratas, … Esteve em São Miguel, como convidado do antigo Presidente do PSD/A Victor Cruz… Que celebrou o seu sexagésimo aniversário juntando no Terra Nostra familiares, vários políticos entre eles os Presidentes João Bosco Mota Amaral, José Manuel Bolieiro e outros membros do Governo, além de vários amigos,… Quando soube do evento,  à cautela tirei do baú o meu vestido Azul Bandeira… Mas não foi preciso… E aproveito agora a ocasião para mandar um repenicado beijinho a Victor Cruz, com votos de longa vida e muito êxito profissional e político… Pois um antigo líder do Partido Social Democrata que se preze… como é o caso,… nunca perde  a verve que resultou dos anos em que esteve ao leme do partido… E na presente conjuntura é sempre necessário dar um bom conselho a quantos conduzem a nau da governação!

Meus queridos! Hoje tenho de mandar um repenicado beijinho a todos os pais, no seu Dia, que por cá ainda se vai mantendo numa raiz cristã de evocação do Dia de São José, ao contrário do Dia da Mãe, que foi arrastado da data de 8 de Dezembro, da Senhora da Conceição, para um dia comercial no mês de Maio. Ser Pai ou Mãe nos dias de hoje não está a ser tarefa fácil, … Quando no Ocidente a tendência vai no sentido monoparental em desfavor do conceito de família, que foi e continua a ser um pilar da sociedade… Embora o que está moda é o chamado “igualitarismo de género” … Que até levam a que queiram que pai e mãe deixem de figurar em documentos oficiais para aparecer os progenitores um e dois, assim, tudo robotizado por via de melindres pseudo -minoritários. Felizmente que ainda há quem assuma a paternidade no sentido biológico e afectivo da palavra que vive dentro de cada um de nós e que neste Dia é lembrado de uma forma especial, seja na saudade dos que já partiram, seja na presença dos que vivem e hoje têm direito ao abraço especial e à indefectível gravata ou garrafa de vinho. Para todos os pais, um ternurento beijinho…

Ricos! Contou-me a minha prima Jardelina que no passado fim-de-semana ficou deliciada e satisfeita ao ver tanta alegria na Casa de Saúde de São João de Deus, que celebrou o seu patrono de forma solene e participada, com centenas de pessoas, a começar pelo meu querido D. Armando, que presidiu à Eucaristia, concelebrada com Monsenhor Constância, o Cónego - Capelão João Maria Brum e o Padre José Paulo Machado, para além do Superior da Ordem e das autoridades, em que se destacava o meu rico Presidente da Junta, Luís dos Anjos, assim como toda a equipa que muito bem organizou os festejos que incluíram procissão com banda e tudo, … Como manda o figurino. Estou a ver as preces que não terão sido feitas, pedindo a São João de Deus… Que ilumine quem de direito para que ponha em dia as contas com a Instituição cujas comparticipações governamentais por cada doente internado, para além de atrasadas não têm sido actualizadas de modo a responder à actual conjuntura, já que o acréscimo negociado ainda com o Secretário da Saúde Clélio Menezes, foi um remedeio que já foi engolido pelo aumento dos preços quer da alimentação como dos medicamentos… Tal como rezam as reportagens recentes. Apesar das necessidades que se sabe existirem, a minha prima Jardelina diz que, é muito bom sentir o dinamismo social que se respira na Casa de Saúde de São João de Deus… Que continue assim…

Meus queridos! Tinha jurado a mim mesmo não falar na saga da estátua da Madre Teresa no Santuário da Esperança, pois ainda tenho os olhos cheios da maravilha de simplicidade e autenticidade que o escultor picoense Rui Goulart conseguiu dar ao painel evocativo há meses inaugurado com pompa e circunstância nas imediações da Igreja de São Pedro, da Ribeira Seca, aqui da minha cidade-norte, terra de naturalidade da Freira do Senhor Santo Cristo. Não sei que mal terá feito a Venerável Madre para os tratos de polé que tem sofrido para as bandas de Ponta Delgada, onde de “padeira de Aljubarrota” passou a beatinha de adro, numa concepção simplista e minimalista da sua memória. Não cabe nenhuma culpa à talentosa escultora aqui da minha cidade-norte que executou apenas aquilo que lhe pediram, com as medidas indicadas e a foto de uma figurante que lhe apresentaram. Mal esteve a ideia desde o início e que culminou com uma verdadeira pirosice episcopalmente abençoada. Aqueles néones, assim como o suporte para velas que nem ali devia estar, porque é uma estátua e não uma imagem, e velas acendem-se a Deus e aos Santos, nunca a estátuas,… Tudo aquilo deixa muito a desejar e merece uma profunda investigação e esclarecimento, para bem de todos e para não ficar no ar esta onda de suspeitas… Que pulula por aí… A minha amiga Angélica disse-me que parece haver um “osso de defunto” a perseguir a Madre Teresa… E espera que o Senhor Santo Cristo ponha a sua mão e faça com que a Madre Teresa receba a sua recompensa pela acção que desenvolveu “espalhando” a devoção à imagem do Ecce Homo.

Ricos! E já que estou a falar do Santuário, também era bom que se soubesse o que deu na cabeça de quem teve a ideia de rebentar com o velho adro que mesmo deteriorado nunca seria para mexer. Não sou uma conservadora fundamentalista e sei que muito do que existe no santuário e no Convento já são acrescentos do original… Mas aquelas pedras do adro são sagradas pois ali há sangue e lágrimas de promessas, ali repousam memórias de flores e velas a arder ao Senhor quando as portas estão fechadas. Serenamente aguardo a decisão do Director Regional dos Assuntos Culturais, pessoa que entende bem o sentido histórico do património religioso, pelos livros que já escreveu, e de quem se espera uma sábia decisão a ser acatada com calma e seriedade por quem de direito. E que se entenda de uma vez por todas que já não há poderes absolutos, nem decisões individuais. E nos tempos que correm, a comunicação é uma arte obrigatória e no caso concreto devia ter havido um esclarecimento público e atempado do que se pretendia fazer… Agora resta esperar e só desejo que para a festa do Senhor o adro não esteja ainda escaqueirado à espera de uma decisão.

Meus queridos! Muito tenho gostado de seguir no jornal que tão generosamente me acolhe no seu seio as reportagens sobre a pobreza, em diversas zonas da ilha de São Miguel. Um retrato vivo de uma realidade que parece virtual para muitos políticos e comentadores do costume que tendem sempre a reduzir o fenómeno a números, quando em causa estão pessoas que fazem das tripas coração para pôr a mesa todos os dias. E se os pescadores protestam, e com razão, porque com mar bravo e sem pesca estão a passar fome, também os chamados “homens a dias” que vivem à jorna, há semanas que não têm trabalho certo e a fome vai apertando. E nada disto se resolve com mesas redondas e com generalizações redundantes. Acudir à fome que aí vai com a subida do preço dos alimentos é apenas um paliativo, embora necessário e urgente. Mas o que importa é mudar de paradigma e voltar para políticas de produção e de industrialização que possam gerar empregos, ao mesmo tempo que se aposta numa educação a sério que possa mudar as mentalidades e acabar com o círculo vicioso da subsidiodependência que está a passar de pais para filhos…

Ricos! A minha prima Joana das Feteiras gostou muito da reportagem que saiu no jornal que tão generosamente me acolhe no seu seio e lembrou-me as vezes em que já me pediu para eu falar aqui nos meus recadinhos no abandono das belas piscinas naturais que eram uma atracção grande no Verão e que agora, segundo a simpatiquérrima Presidente vão ter de esperar porque há outras prioridades, nomeadamente os acessos. O que a minha prima se admira é que nos panfletos para a campanha eleitoral tudo pareciam facilidades e agora tudo parecem complicações… Diz a minha prima que naturalmente a culpa é sua porque ainda não aprendeu como é que funcionam as promessas eleitorais em que tudo é céu aberto três semanas para se cair na real no resto dos quatro anos… Mas como ela diz, a Esperança é a última a morrer…
Mas ricos! Ao falar com a minha comadre Gertrudes sobre o turismo que anda já por aí já em força, ela de pronto diz, pois é, os políticos e os empresários estão muito contentes com o turismo, mas esquecem-se que é preciso ter as coisas em condições para acolher os forasteiros, e uma delas no caso, é sem dúvida os acessos às piscinas naturais das Feteiras. Diz ela que não sabe a quem compete fazer os arranjos necessários nos acessos, mas uma certeza tem ela… Não pode ser a Junta de Freguesia porque não tem orçamento para a obra. Gertrudes diz que é preciso que a minha rica Secretária do Turismo e das Obras Publicas Berta Cabral se entenda com o meu rico Presidente da Câmara de Ponta Delgada Pedro Cabral para porem “mãos à obra”….

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Autor: CA

Categorias: Maria Corisca

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