“Avançando com a sua estratégia de inovação e melhoria da eficiência produtiva”, a Prolacto finalizou um dos seus maiores investimentos feitos nos últimos anos: o projecto designado ‘Água Verde’, que consiste na produção de energia solar, com cerca de 900 módulos e 700 Kw, e recuperação de calor para produzir água gelada, considerada “critica” no processo produtivo da indústria de lacticínios.
A empresa tem já em pleno funcionamento uma nova linha de desnate do leite que “reduz o desperdício de forma considerável”; novos silos para aumentar a flexibilidade de armazenagem de leite; e a duplicação da capacidade de filtrar a água das instalações com qualidade para a produção de nutrição infantil.
No próximo mês de Junho, os responsáveis pela indústria vão “ver” e analisar, em tempo real, cerca de 20% dos 3.500 sinais de sensores que “temos instalado e a utilizar a nossa plataforma de data analytics de indústria 4.0.”.
Segundo a empresa, a criação de valor criada pela Prolacto para a economia açoriana “não só inclui o investimento em activos produtivos de última geração tecnológica”, como “a criação de emprego qualificado e distribuição de valor às mais de 7 empresas parceiras, de várias disciplinas de engenharia e empreiteiros que têm estado, e continuam, a trabalhar nestes projectos acompanhados pelos nossos técnicos e engenheiros”.
“A ligação tecnológica está assegurada com a necessária manutenção destes activos ao longo dos anos”, considera a Administração da Prolacto.
Para além dos trabalhos nas instalações, a empresa continua a avançar com os projectos de descarbonização da lavoura “e de ajuda aos investimentos feitos pelos “nossos” produtores de leite que trabalham todos os dias connosco”. Estes investimentos que, “normalmente são instalações de frio e outras necessidades que a produção de leite tem, são também ponta de lança do avanço inovador, científico e tecnológico da Região”. A Prolacto salienta mesmo que “nunca vai deixar de apoiar neste sentido”.
No seu entender, a indústria de transformação de lacticínios (desde o prado ao prato) “é, portanto, muito diferente de sectores de menor componente tecnológica e de maior desperdício como a carne e afins, mas sim um sector de que tem de ser inovação e o motor do avanço da sociedade e economia açoriana. Não queremos, que os outros sectores sejam deixados de lado, mas tudo deve ser feito para o maior sector da economia açoriana continuar a contribuir desta forma”, conclui.
Assim, refere a Prolacto, os mais de quatro milhões e meio de euros investidos nos últimos dois anos, “sem ajudas ou subsídio, são um seguro do futuro de eficiência, competitividade e da continuidade da nossa actividade de valor acrescentado”.
Como realça, “infelizmente, a situação dos mercados internacionais não está a facilitar esta fase, que será temporária, com uma situação de desajuste entre o preço de compra de matéria-prima e preço de venda nunca vividas”.
Na Prolacto, prossegue a empresa, “estamos seguros de que todos os participantes ‘complementares’ na cadeia de valor da produção e transformação de leite, nomeadamente as instituições, as fabricas de rações, os intermediários de componentes para a agricultura, vão ter já a consciência e gesto solidário e necessário com os produtores de leite para ajuda-los a ultrapassar estes momentos difíceis, contribuindo com uma descida dos custos dos factores de produção em linha com a que já se tem experimentada em toda a Europa, onde já observamos, desde Janeiro, descidas de cerca de 100 euros a tonelada de ração, valor muito acima do que vem sendo comunicado para as descidas, localmente”.
A Prolacto “apoiará sempre o crescimento e valorização da economia micaelense eaçoriana”, conclui a empresa.