São cerca de 120 os utentes que aguardam uma cirurgia cardíaca no arquipélago, e intervenções substituição de válvula coronária ou colocação de Bypass passa a partir do final de Outubro, deixam de implicar a deslocação de doentes para o Continente e para a Madeira.
Isso será possível com o protocolo que vai ser assinado entre o Governo da Região e a CUF Açores. Portanto, estas cirurgias passam a ser realizadas, a partir do final deste mês no hospital privado, na Lagoa.
Com a capacidade reforçada, que agora a CUF Açores vem garantir à Região, passa a existir cirurgia cardíaca nos Açores que vai reduzir e até mesmo eliminar no tempo a lista de cerca de 120 doentes. “É minha profunda convicção que até final de Outubro já teremos esta oferta protocolada”, afirmou o Presidente do Governo.
José Manuel Bolieiro deixou palavras de “acolhimento, satisfação e esperança” pela presença do grupo na Região, e defendendo uma “complementaridade racional e inteligente” do privado e do sector social com o Serviço Regional de Saúde.
“Aumentamos o nosso grau de confiança na saúde”, diz José Manuel ^Bolieiro
“As necessidades e as ambições são sempre maiores do que os recursos disponíveis. Daí a oportunidade desta complementaridade ser racional e inteligente. O que nos tem de mover nessa complementaridade, pública, social e privada, é o bem servir”, assinalou o governante.
O Presidente do Governo sublinhou na ocasião a “prioridade indeclinável” que a saúde representa para o executivo, deixando elogios para a presença da CUF no arquipélago.
“Aumentamos o nosso grau de confiança e satisfação com a presença da CUF”, disse o governante, que elogiou os profissionais de saúde e valorizou a “rede robustecida e musculada” do grupo, que agora se estende também aos Açores.
“Deixo uma palavra de bem receber ao grupo CUF. Que possa aumentar a sua excelência, prestígio e dimensão nacional com a presença nos Açores. A sua grandeza é para nós a expectativa de estender a sua qualidade e créditos”, prosseguiu.
A CUF, como “empresa de referência na prestação de cuidados de saúde em Portugal e como parceira no desenvolvimento do país, tem vindo a apostar numa estratégia de expansão em território nacional, procurando proporcionar acesso a cuidados de saúde, com diferenciação e qualidade, em diferentes regiões”.
O percurso desta instituição 100% portuguesa, que se iniciou há 78 anos, “tem garantido a consolidação de um projecto clínico que permite o acompanhamento ao longo de todas as fases da vida e em todo o contínuo de cuidados”.
O Presidente do Governo realçou também que o hospital da CUF vai também potenciar o turismo de saúde. “E esta capacitação cada vez maior de uma população pendular, de um crescimento dos Açores como destino turístico, também poder potenciar com esta oferta um outro atractivo da escolha dos Açores como destino turístico”.
Rui Diniz: “Queremos fazer para acrescentar...”
E o compromisso da CUF, afirma Rui Diniz, Presidente da Comissão Executiva, “é trabalhar com instituições do arquipélago e dar acesso aos açorianos a toda a rede nacional. Pretendemos é, por um lado, manter este conhecimento local, mas associado à experiência e à amplitude da capacidade de resposta de toda a rede CUF. Todos os que aqui nos confinam a sua saúde vão poder aceder a toda a CUF”.
CUF “não pretende retirar meios à Região
Rui Diniz realçou a “qualidade da assistência de saúde aos açorianos” proporcionada pela CUF e reiterou que o hospital não pretende “retirar” meios à região.
“Queremos fazer [este projecto] para acrescentar. Não estamos aqui para retirar nada. Estamos aqui para acrescentar e para que, com a colaboração das instituições de saúde dos Açores, possamos todos prestar melhores serviços”, realçou.
Rui Diniz, disse encarar o futuro do hospital dos Açores como “muito promissor”, prometendo uma “resposta abrangente, integrada e adaptada às necessidades de saúde dos açorianos”.
São 24 os hospitais e clínicas da rede CUF. A empresa expandiu-se para os Açores há 6 meses com a aquisição do Hospital Internacional na cidade da Lagoa.
O Hospital CUF Açores conta com cerca de 400 profissionais, 48 gabinetes de consulta e exames, quatro blocos operatórios e mais de 70 camas de internamento, cuidados intensivos e neonatais.