Balanço de dois anos de mandato de Cristina Calisto enche pavilhão dos Remédios

“A Estratégia Local de Habitação do Governo Regional desconsiderou por completo a Lagoa”

 Mais de 700 pessoas encheram Sábado o pavilhão Professor Jorge Amaral, nos Remédios, na Lagoa, para o balanço de dois anos de mandato de Cristina Calisto, eleita Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, pelo Partido Socialista – PS, nas eleições autárquicas de 2021.
Para Cristina Calisto, o jantar convívio foi um momento de confraternização mas, principalmente, porque “quem apoiou a minha candidatura à Câmara Municipal da Lagoa, tem o dever de saber o trabalho, até aqui realizado e o que falta concretizar”, salientou a autarca, acreditando que é da sua responsabilidade dar conta, olhos nos olhos, do seu trabalho e da sua equipa. “Os meus princípios são os mesmos de sempre: compromisso e respeito pela palavra dada e em dois anos muito se fez”, referiu a autarca.
Das 96 medidas propostas e inteiramente da responsabilidade da Câmara Municipal, constantes da agenda de trabalho de Cristina Calisto pensada para 10 anos, já se encontram concluídas 50 dessas medidas, sendo que outras 23 já estão em curso, fazendo com que 72% das medidas já estejam executadas ou em curso “e isso é bem demonstrativo do trabalho que tem sido efectuado e representa que novos objectivos continuarão a ser definidos para esse horizonte”.
Nesse âmbito, e de forma resumida, Cristina Calisto elencou diversas acções que conseguiu, ao longo desses dois anos, desenvolver no concelho de Lagoa, em áreas “tão fulcrais” como o desenvolvimento económico, a educação, na área social, na habitação, nos transportes e mobilidade, na inovação, ciência e tecnologia, no turismo e lazer, no desporto, na cultura, na juventude e no ambiente.
A autarca do PS, lamentou que, no que concerne o Plano de Mobilidade para o concelho, que ele “fica condicionado à triste notícia” que este município e mais outros 5 da Região, podem contar, apenas, com 2,5 milhões de euros para repartir por todos. “Uma brincadeira, para não dizer uma desilusão, numa época em que o mundo se volta para a mobilidade suave e em que nos abrimos ao turismo, o nosso Governo Regional olha com vista curta para o futuro e condiciona, por essa via também, os horizontes dos municípios” disse Cristina Calisto.
 Para além de todas essas acções, em 2021, Cristina Calisto incluiu, também, no seu manifesto medidas a desenvolver em cooperação com o Governo Regional, e de um conjunto de 16 medidas, apenas uma foi concretizada: a passagem da Unidade de Saúde de Lagoa a Centro de Saúde. “A Estratégia Local de Habitação do Governo Regional, desconsiderou por completo a Lagoa, bem como os pedidos de celebração de contratos ARAAL sem resposta, obras nas vias públicas que estão paradas há 3 anos e até a simples concessão de uma declaração de interesse público, um mero acto administrativo, não nos entregam”, lamentou a autarca.
Cristina Calisto, agradeceu publicamente a presença dos membros da comissão de honra, dos membros das listas autárquicas, militantes, governantes e autarcas do PS e, particularmente a Vasco Cordeiro, acreditando que nas próximas eleições regionais, “é a pessoa certa para os Açores”. Com oito anos volvidos da governação de Cristina Calisto à frente da Câmara Municipal da Lagoa, “é notório o crescimento e desenvolvimento da Lagoa, que continua a ganhar contornos de cidade e de um concelho em pleno progresso, numa trajectória de execução de investimentos, de equilíbrio orçamental e de adequada estruturação”, salientou a edil.

“A estabilidade ao serviço
de um mau Governo é um
problema”, alerta Vasco Cordeiro
 
O Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, defendeu, no mesmo jantar-convívio, “não ser uma questão de estabilidade” que está em causa na votação do Plano e Orçamento da Região para 2024, para salientar que quando esta “está colocada ao serviço de um mau Governo Regional é um problema”.
Para o líder socialista, “não é a democracia que deve estar subordinada à estabilidade, mas sim a estabilidade que se deve construir de acordo com as regras da democracia”.
“O Parlamento que hoje temos é o mesmo que tínhamos há três anos a esta parte. E, portanto, aqueles que antes votaram a favor dos documentos não perderão a sua dignidade, nem a sua razão, se agora votarem de maneira diferente. E aqueles que se arvoraram e arrogaram durante estes três anos como sendo aqueles que conseguiam essa estabilidade, não podem deixar de ser responsáveis também se porventura essa estabilidade desta vez não acontecer”, afirmou Vasco Cordeiro.
Referindo-se ao Plano e Orçamento entregue Sexta-feira na Assembleia Legislativa, Vasco Cordeiro defendeu ser necessário encarar os problemas de frente, referindo a esse propósito que “a situação das finanças públicas da Região pode comprometer o nosso futuro”.
“Entre 1 de Janeiro de 2021 e 30 de Junho de 2023, a dívida pública da Região aumentou 1 milhão de euros por dia, incluindo Sábados, Domingos e feriados”, assegurou o líder socialista, para defender que essa situação pode “impedir que no futuro se continue a apoiar as famílias e as empresas Açorianas”.
Para Vasco Cordeiro, os Açores não estão a ser capazes, também, de executar os mais de 3.2 mil milhões de euros de fundos comunitários da União Europeia, perdendo, também aqui, “mais uma oportunidade para ajudar as empresas a serem mais competitivas, para poderem gerar mais e melhores empregos e ajudar as famílias a resolver problemas na educação e na saúde”.
Na ocasião, Vasco Cordeiro defendeu ainda a necessidade de se reconquistar o sentido de futuro para o desenvolvimento da Região, transmitindo aos mais jovens a ideia “de que os Açores valem a pena”.

Cristina Calisto Presidente das Mulheres Socialistas dos Açores, MS-ID

 Cristina Calisto foi eleita Presidente das Mulheres Socialistas dos Açores, o MS-ID.
A também Presidente da Câmara Municipal da Lagoa recebeu “muitas felicitações pessoas” e através das redes sociais pelo novo cargo.
 Trata-se de “uma nova conquista para as MS-ID que vêem as suas estruturas de base local e regionais alargadas”.
Pela primeira vez, a Região Autónoma dos Açores tem uma estrutura regional MS-ID.
O  PS Açores alarga, assim, as suas estruturas que “nos permitirão novas bases de recrutamento de militantes, diálogo reforçado com a sociedade civil e prioridade reforçada às políticas de Igualdade.”
As MS-ID procuram promover uma efectiva igualdade de direitos entre mulheres e homens, entre outros objectivos que Cristina Calisto vai revelar em momento oportuno.

 

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Autor: CA

Categorias: Regional

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