O futuro do sector agrícola da ilha passa pela aposta na inovação e na diferenciação da sua produção, contando os agricultores, as cooperativas e a indústria com o total apoio do Governo dos Açores. Quem o defende é o Director Regional da Agricultura afirmou. “Houve unanimidade de pensamento no que respeita à necessidade de inovação e diferenciação dos produtos, pelo facto de serem produzidos numa ilha classificada como Reserva da Biosfera, cuja especificidade deve ser aproveitada, além de outras oportunidades, como a produção e promoção de produtos biológicos ou, simplesmente, através do registo no âmbito da Marca Açores, de forma a acrescentar mais valor aos produtores e gerar mais riqueza”, salientou José Élio Ventura.
O Director Regional falava Quinta-feira, no debate sobre ‘Desafios da Agricultura na ilha Graciosa e o futuro da Política Agrícola Comum pós 2020’, que decorreu na sede da Associação Agrícola daquela ilha e contou com a presença de vários agricultores, tendo José Élio Ventura frizando que, apesar da sua pequena dimensão, a ilha conta com explorações de referência, com índices de produtividade muito significativos, considerando que importa continuar a efetuar um acompanhamento de proximidade na sua gestão técnica e económica.
“Vamos continuar a promover a redução dos custos nas explorações, apostando na melhoria das infraestruturas, mas também através de um acompanhamento de maior proximidade”, afirmou, acrescentando que esse acompanhamento passa pelo apoio médico veterinário, controlo de gestação, melhoria genética e nutrição animal, entre outras áreas.
Para José Élio Ventura, a Graciosa tem um grande potencial ao nível da diversificação agrícola, salientando que as novas instalações da Adega e Cooperativa da Ilha Graciosa, que serão brevemente inauguradas, vão permitir potenciar ainda mais produções com tradição na ilha, como é o caso do mel, da meloa ou do vinho.